"Jornada dos Derbys: Ninguém pára o Dragão..."
No fim-de-semana dos Derbys o F.C. Porto aproveitou para se isolar ainda mais na liderança, em relação aos seus eternos rivais Lisboetas. Uma campanha impressionante mas relativa dos Dragões, uma vez que, sem tirar o mérito de seis vitórias seguidas em jogos de grau de dificuldade elevado, o Sporting em seis jogos apresentou apenas um resultado anormal face ao Setúbal. De resto, perder no Dragão é um resultado normal e o empate na Luz, não sendo nunca um resultado que possa satisfazer um clube com intenção de vitória em todos os jogos, acaba por ser um bom resultado dadas as dificuldades impostas pelo Benfica quando joga em casa.
Sendo assim, há ilações que podemos retirar desta jornada. Uma delas passa pelo afastamento natural do Benfica pela liderança, fruto de um início de época conturbado e desorganizado, espelhado em três resultados desfavoráveis, o empate com o recém-promovido Leixões, e os dois empates cedidos em casa com o Vitória de Guimarães e Sporting. Desta forma, o Sporting ganha um ponto em vez de perder dois, tendo passado estes dois jogos com os rivais fora e ganhando um ponto, e esperando os mesmos na segunda volta em Alvalade. O F.C. Porto continua invicto, no entanto não há equipas invencíveis e o desgaste dos jogos a meio da semana aliado à falta de rotatividade imposta por Jesualdo Ferreira trará resultados negativos a seu tempo.
Em Alta
Romagnoli – Já tinha mostrado ser a peça-chave em Guimarães, sendo o desequilibrador da manobra ofensiva do Sporting, principalmente na primeira parte, e no jogo da Luz é o melhor em campo, jogando no campo todo com grande atitude e fazendo uso de um drible curto empolgante e de uma constante procura do espaço vazio. Há magia nos pés de “Pipi”...
Lisandro López – É daqueles jogadores que confesso que não me impressiona, não é um goleador, não é um fantasista, mas admito que seria indiscutível em qualquer dos três grandes porque é um verdadeiro jogador de equipa, sendo neste momento o melhor marcador do campeonato e, para mim, o jogador do mês de Setembro.
Em Baixa
A discrepância de atitudes na mesma semana, em jogadas similares e em benefício da mesma equipa, neste caso o Benfica. Sem colocar em questão se é ou não é grande penalidade cometida por Katsouranis no jogo deste Sábado, é incrível como no jogo Estrela – Benfica o árbitro principal valida a falta assinalada pelo seu árbitro assistente sem hesitações, enquanto no Derby de Lisboa o peso da decisão do árbitro assistente é nulo. Afinal de contas, o que manipula estas diferenças?