quarta-feira, 28 de junho de 2006

Silêncio


Silêncio é:

Dádiva para os ouvidos num período agitado...
Dor aguda num momento de indiferença...
O desconhecido...
O respeito pelo próximo...
Expressão de sentimentos...
Um arrepio numa noite de solidão...
Paz entre gritos...
Mal-estar e impaciência...


A dualidade do silêncio tem-me mostrado...o seu sabor doce, num momento de reflexão, num período de descanso após um extenuante trabalho, numa circunstância em que preciso de me reencontrar...e o seu sabor amargo, num momento de indiferença, numa noite medonha de inverno, num período de afastamento...
Ultimamente os momentos de silêncio lembram-me que a perda, mesmo que momentânea, é dolorosa, fria e proporcional à distância física que separa esse silêncio...Assemelha-se a um nó na garganta que nos impede de exprimir tudo o que sentimos, a uma mão que se contém em respeito pelo próximo, a um sorriso que fica por dar...Apesar de considerar o silêncio benéfico em determinadas situações, a ausência de algum sinal provoca-me uma enorme ansiedade, esperando por uma palavra que não chega como sinónimo de admiração e carinho...
E vocês, como lidam com o silêncio?

sexta-feira, 9 de junho de 2006

A Idade do Amor


Sempre fui um defensor da imunidade do amor à raça, etnia, classe sócio-económica, idade e, mais recentemente, à distância física...No entanto, factos da vida mostraram-me que o amor tem pelo menos um limite: a idade. Talvez esteja a ser preconceituoso relativamente à idade, mas mesmo acreditando no amor sem impossíveis, aprendi que a idade pode revelar-se como obstáculo importante na vida de duas pessoas que se amam...
Acredito que a diferença de gerações incutirá gostos e disposições diferentes num determinado momento inevitável, incompatibilizando uma relação independentemente da intensidade do amor e da compreensão...Custa-me emitir esta opinião, sendo eu um defensor do amor sem limites, mas a vida ensinou-me esta lição...Será que estive desatento a esta lição? Será que ainda terei de descobrir a verdadeira lição? E qual é a vossa lição para mim? Espero que mais uma vez me ajudem a aproximar-me da verdade e reflictam um pouco sobre as (im)possibilidades amorosas...
De qualquer das maneiras, envio um beijinho especial para a pessoa que um dia me abriu os olhos e me ensinou esta lição de vida...Obrigado querida;)

sábado, 3 de junho de 2006

Momentos infelizes


Há momentos da nossa vida que se o arrependimento matasse já não existiriamos...há momentos em que por mais inocentes que sejamos acabamos sempre por em qualquer altura magoarmos alguém...há momentos em que nos sentimos tão pequeninos que nem o facto de assumirmos a plena culpa nos deixa mais descansados...há momentos em que mais vale estar calados...
Hoje sinto-me assim e nada me faz demover dos pensamentos ruminantes por que estou a passar neste momento...Acho que já há muito tempo não fazia uma asneira tão grande numa relação interpessoal, e não acredito que a minha ingenuidade momentânea tenha feito sofrer alguém de que gosto tanto, alguém que não merece sofrer por tudo aquilo que já passou, que só merece momentos de felicidade e bem-estar...
Talvez já fossem horas de ir descansar mas não consegui antes de escrever e desabafar de qualquer forma, estava com um nó na garganta e tinha de o desfazer de qualquer jeito...Ainda não me sinto aliviado, mas pelo menos já escrevi tudo o que sentia, mostrando neste post o meu sincero arrependimento sobre um comportamento pouco digno e pouco natural para mim...Desculpa amiga, espero que o tempo cure este momento menos feliz que tive...

sexta-feira, 2 de junho de 2006

"O" dia da criança...


Ouvi ontem à noite que hoje era o dia dos filhos, uma vez que se celebra o dia 1 de Junho, Dia Mundial das Crianças...Julgo que é redutor atribuir este dia aos filhos, e antes disso, acredito que este é o dia dos filhos, dos pais, dos avós, porque cada pessoa tem uma criança, escondida ou não, dentro de si...
Por sua vez, hoje ao percorrer um centro comercial de grande afluência em Coimbra, constatei que nunca tinha saído à noite com tanta criança à minha volta, o ambiente infantil apoderou-se do ambiente romântico que aquele espaço reserva a determinada hora...Muitos eram os pais que satisfaziam a vontade dos filhos com a comida de plástico que estes tanto gostam...Muitos eram aqueles que os deixavam gozar este dia, mesmo que mantivessem um mal disfarçado afastamento...Muitos eram aqueles que se lembravam dos filhos apenas um dia por ano...
Talvez esta opinião seja polémica e fira suspectibilidades, principalmente de quem é pai/mãe, mas foi o que senti...parece que só se lembram dos filhos uma vez por ano, raros são os casais que se observam a passear nestes espaços com orgulho dos seus filhos nos restantes dias do ano, quando o dia da criança devia ser todos os dias...Sinto-me algo apreensivo por pressentir que o futuro seja marcado pela frieza do ser humano, desenvolvida pela falta de amor e carinho demonstrada pelos pais, conjugada por um ecrã à frente dos olhos inocentes de uma criança...E não há bem material que compense o amor e carinho da família...
O amanhã será o reflexo do presente...As crianças de hoje serão os adultos do futuro...Cultivem o amor e o carinho nestas crianças em prol de uma sociedade mais humanista...Pensem nisto;)