quarta-feira, 20 de junho de 2012

Flash do Sol: Gatos

Inicia-se hoje nova rubrica do Flash do Sol.

Esta rubrica viverá da participação das vossas câmaras fotográficas indiscretas sobre determinado tema num espaço definido de tempo.

Depois da Primavera, o próximo tema será: "GATOS". Já vi fotos bem bonitas e poderosas sobre gatos e acho que é um tema que promete imenso.

As participações estarão abertas até ao dia 4 de Julho para o mail goncalofoc@gmail.com, sendo compostas pela imagem original alusiva ao tema e, se necessário, uma legenda. De 4 a 12 de Julho, estará aberto o concurso para a imagem do tema num post dedicado a esta rubrica! Como novidade, a apresentação das imagens sob a forma do anonimato na página do blogue, sendo revelados os seus autores na apresentação dos resutados.
Prova que podes ser o Flash do Sol!

Música: Cat Stevens - Father and Son

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Arrogância

A confiança é a chave do sucesso. Mas por vezes a confiança assemelha-se a arrogância. Sinto que nos últimos dias a confiança tornou-se arrogante. Por vezes tenho estes períodos mais definidos. Desconheço a razão mas, tal como aparecem também desaparecem, de um momento para o outro. Serei bipolar? Bipolar não serei, com certeza, apenas ser humano. Felizmente, escuto vozes sábias! E nesse momento, ligo o chip da "Humildade". Ligado desde ontem!

quarta-feira, 6 de junho de 2012

Deus Existe!

Ainda sinto o corpo a tremer...

Ter o carro imobilizado no solo é uma tremenda chatice seja em que local for. Mas qual será o pior sítio onde se pode encravar o carro? Na passagem de nível de uma linha do comboio! 

Aconteceu há pouco, era pouco mais de meia-noite e estava a passar a linha quando tento desviar-me de um enorme buraco do outro lado da passagem de nível quando o carro acabou por cair noutro buraco e ficar imobilizado. Nem para trás, nem para a frente. Metade do carro fora da linha e a outra metade estacionada em cima da linha. O cenário piora mais quando esta passagem de nível fica num local ermo, desertificado, escuro e numa hora improvável para a ajuda de alguém. Naquele momento, mil e uma coisas passam pela minha cabeça. Acelero até mais não, mas o carro mantém a mesma posição. Tento a marcha-atrás mas o resultado era o mesmo. Saio do carro, procuro soluções. Não encontro e volto para o carro em nova tentativa desesperada de aceleração. A qualquer momento podia passar um comboio a alta velocidade. A cancela avisar-me-ia pelo sinal sonoro a tempo de fugir, mas o fim do meu carro e um desastre de várias pessoas seria uma tragédia que me arrepia e que nem quero imaginar.

Tinha ido levar a minha amiga F. a casa, que distava cerca de 200 metros da linha. Peguei no telemóvel que por sinal estava a abrir a linha de chamada com uma lentidão desesperante. Liguei para a F., contei rapidamente a situação e pedi ajuda. A ela e a qualquer pessoa que naquela hora me pudesse ajudar. Não sei em quanto tempo ela apareceu, mas tenho a certeza que foi em muito pouco tempo. Desesperada, apenas queria tirar dali o carro. Eu também e pedi-lhe ajuda para empurrar o carro enquanto acelerava. Percebi em pouco tempo que esta não era a solução. Precisava de mais gente para empurrar o carro. Gente que não veio quando a F. saiu de casa e bateu violentamente em todas as portas a gritar por ajuda. Supliquei-lhe para que corresse e procurasse de novo por ajuda. Algo teria que acontecer!

Não sei se ainda tentei mais alguma vez acelerar com o carro sozinho, só me lembro que colocando todas as hipóteses em aberto, tive o sangue frio de me lembrar do número de assistência das passagens de nível. Corri para a placa e registei o número, numa altura em que a operação no telemóvel mais parecia uma eternidade. Do outro lado, um senhor com uma voz tranquila atende-me a chamada e eu desato a mostrar o caos que estava a viver. De imediato, ouço a voz dele a pedir a alguém para impedir qualquer passagem de comboios nesta linha. Repeti de novo para me assegurar que nenhum comboio passaria e tranquilizei. Nesta altura, F. e os seus senhorios, a Sra. E e o Sr. J. chegam apressadamente, ainda com a roupa de dormir, e gritam para que tire dali o carro imediatamente. Disse-lhes que não passaria mais nenhum comboio até o problema se resolver mas continuavam a gritar. Repeti e julgo que compreenderam. O Sr. J. ainda procurou em desespero acelerar até o carro ganhar asas. Nada feito. Desliguei o telemóvel e procurei mais calmamente encontrar uma solução. Passado pouco tempo, o Sr. J. descobriu o problema, levantou o carro com a ajuda da F. enquanto eu acelerava e, como se tratasse de magia, o carro avançou e caminhou até porto seguro. Estava resolvido o problema! Faltava apenas ligar para a assistência. Assim foi feito, com a promessa da assistência para avaliar de imediato as condições de acesso nesta passagem de nível. Há males que vêem por bem!

Várias ilações a retirar:

Deus existe, os meus Anjos-Da-Guarda são magníficos e todos os Santos estavam comigo! O sangue frio para conseguir impedir a passagem de qualquer comboio foi um momento de muita luz!

Jamais passar por aquela passagem de nível, a menos que as condições de acesso melhorem significativamente. E mesmo assim...

Há pessoas que têm medo do desconhecido. Mesmo quando o desconhecido grita desesperadamente por ajuda a uma hora tardia da noite. A culpa é dos mal-intencionados, mas é preciso gerir melhor o bom-senso!

Há pessoas maravilhosas, solidárias, bonitas mesmo. Agradeço eternamente à F., à Sra. E. e ao Sr. J. Vocês merecem tudo de bom!

Depois disto ainda continuo a pensar. Será que há mais alguma ilação que desconheça?

Tudo está bem quando acaba bem. Ufa...

Música: Amália Hoje - Foi Deus

domingo, 3 de junho de 2012

Rock In Rio: eu fui!



Começa a ser um clássico de dois em dois anos. Rock In Rio: eu vou! Neste caso, eu fui, mais uma vez. E numa noite de clássicos.

Os clássicos portugueses The Gift foram os agitadores de emoções. Um bom ensaio geral para uma noite de grandes emoções. A Primavera antes do calor do Verão. E tal como a estação da Primavera, actuação curta demais para uma das melhores bandas portuguesas. Mereciam mais tempo para revelar todo o seu esplendor, mas desígnios da organização assim obrigam...

Ok, Do You Want Something Simple?

O público respondiu afirmativamente e passou da Primavera para a simplicidade dos tons de Verão da Joss Stone. Esta miúda prova que a beleza está nas coisas mais simples. Os seus longos cabelos loiros, o seu olhar brilhante, o seu sorriso de menina e um vestido de cores claras definindo bem as curvas da sua elegância. Começa a música e um talento vocal imenso enche por completo a cidade do rock na sua transformação do dia para a noite. Pôr-do-sol magnífico! E pelo meio uma voz no público chega a dizer que "nem a Luciana Abreu". Para mim a maior surpresa foi a sua capacidade de interacção com o público. Nota máxima!

Noite cerrada. Calor imenso. Pernas cansadas. Gente sentada no chão. E o Bryan que não aparece... Até que o canadiano mais famoso do mundo entra em palco e arrebata os milhares e milhares de fãs que se aglomeravam por toda a cidade do Rock. Inúmeras cabeças e mãos no ar e nenhum sinal do chão! Hora e meia de uma intensidade fora de série entre as baladas e as grandes malhas do rock. Corações apaixonados aproveitavam para reforçar o seu amor. Muitos pés fora do chão para acompanhar o eterno ídolo da juventude nas suas famosas guitarradas. Até que surge o "Momento Youtube" e Vanessa Silva acompanha Bryan Adams em palco na música "When you´re gone". Uma dupla alegria para mim. Primeiro pela originalidade. Segundo, pela excelente actuação de uma cantora que sempre gostei e que, tal como muitos outros, continuam à espera de uma oportunidade para revelar todo o seu talento musical. Merece mais sorte, esperemos que seja desta...No final do concerto, muito cansaço e pouco fôlego. Não seria fácil a Stevie Wonder bater tamanho espectáculo. Para mim, foi o grande concerto da noite!

Além da fasquia estar muito em alta, o tempo de espera por Stevie Wonder foi imenso. Já passava da uma da manhã quando Stevie entra em palco e mostra a sua enorme qualidade artística, realçada pelas suas limitações físicas. No entanto, com muito menos público do que a actuação anterior, e os resistentes com visíveis sinais de cansaço. Dei por mim a pensar que este poderia ser muito bem um espectáculo para ver de cadeirinha. O talento está lá, é delicioso, mas os pés precisam apenas do chão.

Final de festa e a realização de um grande momento. Tudo por uma boa causa. Por um mundo melhor. Até 2014!