quinta-feira, 5 de abril de 2007

Um extintor, um desfibrilhador...


“O Instituto Nacional de Cardiologia Preventiva e uma associação de médicos, enfermeiros e bombeiros querem que sejam instalados desfibrilhadores automáticos externos (DAE) em espaços públicos de grande concentração de pessoas. Os aparelhos custam entre 1600 e 3000 euros e permitem reverter as paragens cardíacas. Em Portugal, recorde-se, morrem vinte pessoas por dia, vítimas de morte súbita. Noventa por cento das 7300 mortes anuais são originadas por enfartes.” (Correio da Manhã, 02/04/07)

Mais informações em:

Há umas semanas atrás tive a oportunidade de realizar um curso de Suporte Básico de Vida, Prática com Desfibrilhador Automático Externo (DAE) e Colaboração no Suporte Avançado de Vida e apercebi-me de uma realidade que desconhecia.

Efectivamente, além de não estar habilitado para a prática com DAE, apercebi-me simultaneamente da escassez de desfibrilhadores em Portugal, sendo este um dos elos da cadeia de sobrevivência que, por falta de recursos, pode ficar interrompida ou provocar danos irreversíveis à vida humana.

Desta forma, a medida pretende aumentar o número e a acessibilidade de desfibrilhadores em locais públicos, devendo existir um extintor para cada desfibrilhador que, a ser concretizada, permitirá reverter um maior número de paragens cardíacas e, por consequência, a salvação de um maior número de vidas.

No entanto, a questão de fundo terá também de ser resolvida, porque acredito que estas medidas serão supérfluas se não existir formação adequada e contínua ao cidadão comum, tanto no Suporte Básico de Vida como na Prática de DAE, de forma a responder às necessidades de urgência/emergência com conhecimento e segurança. Por uma formação efectiva e eficiente, deveria iniciar-se nos primeiros anos de escolaridade, talvez no 2º ciclo, e serem proporcionadas renovações regulares de conhecimentos, dada a necessidade de aliar a teoria à prática, para uma facilitada transição para a vida real.

Para terminar lanço a discussão com a seguinte pergunta: O que fariam com uma vítima de paragem cardíaca?

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