segunda-feira, 1 de maio de 2006

A indiferença à diferença


Vivemos no mundo do materialismo, de valores físicos e princípios fúteis...no mundo da casca, em que as estrelas do cinema e da televisão são mais idolatradas do que os nossos entes queridos, ou seja, do que as pessoas que não se escondem por detrás da maquilhagem e não ostentam o modelo corporal perfeito, se é que isso existe...Valoriza-se o corpo em vez do espiritual, a física em vez da química, a luxúria em vez da humildade, o instante em vez da eternidade...Desvaloriza-se a diferença, a incapacidade, o ser humano...Esta é a visão do mundo actual que não me identifico...
O mundo não é nem pode ser um conjunto de corpos físicos à face da terra, sem uma missão nem um rumo espiritual que lhes permita a realização pessoal...Temos de encontrar esse rumo, a missão individual que cada um tem de cumprir, e acredito que essa missão não passa pelo simples desejo físico e carnal que vivemos nos dia de hoje...Temos de valorizar mais aspectos humanos como o respeito, a compreensão, o amor pelo próximo, porque cada pessoa é composta de qualidades e defeitos, uns mais visíveis que outros, que poderão tornar cada um de nós num ser especial...Com esta perspectiva de vida, abriremos novos horizontes, estaremos mais próximos das pessoas, encontraremos mais pessoas especiais, prolongaremos sentimentos por muito mais tempo...e, quando se aperceberem, a valorização humana da pessoa descobrirá os seus valores físicos, que de outro modo não seriam reconhecidos...
Pensem nisto...

4 comentários:

Anónimo disse...

Sim, como tens razão em tudo k escreves-te, como seria muito melhor este mundo em k vivemos se cada ser humano fosse avaliado pela sua beleza interior, beleza esta k se encontra no coração de pessoas de kem muitas vezes nos afasta-mos, só pq o seu exterior não corresponde ao modelo perfeito.
Ainda bem k tu não te identificas, com esta visão do mundo e k dás mais valor ao interior das pessoa, és uma pessoa linda.
Adoro-te…jinhos
Margarida

Anónimo disse...

Mais uma vez, estás "atacadinho" de razão...eu mesma digo perante a minha diferença para com os outros, que eu própria sou indiferente à diferença...sabes a que é que me refiro...agora recordei a biografia que há alguns dias te enviei e se bem me lembro o titulo deste teu texto era uma das frases que retratava a minha personalidade... de que nos serve termos perto de nós uma pessoa linda, bela, e sem igual, no que diz respeito à sua beleza exterior, quando por dentro não demonstra ter essas mesmas qualidades? Sabes que valoriso muito este tipo de coisas... já várias vezes o demonstrei...sabemos bem, que grande parte das pessoas que passeiam por este mundo preferem e pensam que vivem felizes tendo perto delas uma pessoa bela e linda...mas de uma coisa podes estar certo... a mim de nada me vale ter uma pessoa assim por perto ...prefiro partilhar a minha dor e a minha alegria com pessoas com quem me identifico...com pessoas que podem ter a estética mais feia à face da terra, mas que por dentro são verdadeiros tesouros, são espirito e são alma...vejo as coisas tal como tu...sei que também somos poucos a pensar assim, mas penso que esta visão é muito própria dos "peixinhos"..afinal não toleramos e revoltamo-nos contra estas coisas que tu com muita expressividade mostras neste texto que agora comento...enfim...amigo, mais uma vez...surpreendeste esta "caixinha de surpresas" que dizem que sou, mas que em ti, vejo parte dela, pela forma semelhante de vermos o mundo...continua com esse espirito ...serás feliz e verás felizes, as pessoas que tornam estes teus lindos e deslombrantes textos mais ricos...beijinhos desta tua amiga que simplesmente te adora, pela pessoas que tens demonstrado ser...obrigado por, mais uma vez, teres a mesma visão que eu tenho do mundo...

CéuGomes disse...

G. adorei!

Beijos

Anónimo disse...

amigo Gonçalo não me canso de o afirmar a sua escrita tem mesmo muito valor, ela apresenta.se cada vez mais pontual com grande sentido do real o que dificulta cada vez mais que possamos entrar na sua lógica de raciocinio. Ainda assim atrevo-me a fazer um pequeno comentario ao texto que escreve em que realça o valor material para o ser humano. Frequentemente os valores estão associa-dos a instituições, podendo mesmo ser considerados bastante semelhantes, dependendo da interpretação que se dê a essa última. Na sua forma mais genérica eles são praticamente iguais, e correspondem a condutas previamente concebidas segundo preferências (conscientes ou inconscientes). Mas alguns autores trataram por instituição apenas aquelas valorizações instituídas pela sociedade, que podem ou não resultar em organizações que as mantenham. Os autores que preferem o termo valores, percebem nas instituições as suas representações visíveis, seja como comportamento individual ou organizado.
Um conjunto de valores constitui uma ética, ou seja, princípios coerentes que orientam a acção. Cada um pode ter a sua ética, mas não é o que tende a ocorrer quando estamos organizados. Para que os comportamentos sejam compatíveis, os valores devem estar interligados, assimilando-se a um sistema. São os sistemas de valores ou as éticas que dirigem uma sociedade. Mas como qualquer sistema, uma alteração em um dos elementos afecta todo o conjunto. A esse facto se deve a força de cada valor, uma vez que cada um deles é fundamental para a estabilidade e a harmonia da sociedade.
Assim conclui-se que são sinais de crise ou de mudança (para melhor ou pior) as situações onde ocorrem diferenças significativas de valores dentro de uma sociedade.É o caso das claques organizadas, que por valorizar o futebol acima de tudo, e a sua equipa acima do futebol, esquecem-se da segurança e da amizade e proporcionam espectáculos de violência.
Quando observamos uma sociedade na sua totalidade, vemos que, os “valores” não são unicamente dinheiro, ou bens materiais. Se o fizermos, estaremos exageradamente a contribuir no sentido negativo para a sua esfera económica, (que já é bastante exagerada na realidade), e deixaremos de perceber outras “coisas valorizadas”, como a educação, a formação, a paz, a hospitalidade, a amizade ou os desportos. Reunindo diversas interpretações
sobre os “valores,” é possível afirmar que eles são, níveis de preferência estabelecidos para objectos, conhecimentos, comportamentos ou sentimentos, tenham eles origem individual ou colectiva. Mas todos eles geram algum tipo de conduta, isto é, servem de referência para a acção.
A relevância de se estudar a acção na sua forma genérica a partir de uma perspectiva maior que a individual, deve-se à ideia de que toda a sociedade, é construída através das pessoas e das suas acções individuais.
Um abrço
Luis