Uma das características que os portugueses têm é o sofrimento por antecipação. Abomino qualquer tipo deste género do "coitadismo", mas ao mesmo tempo também reconheço que nem sempre é fácil abstrairmo-nos da realidade futura.
Hoje acordei assim. Encalhado entre o descanso e o trabalho. E nem aproveito o descanso, nem resolvo o problema do trabalho.
O meu problema está nos equilíbrios. Passar do 8 ao 80 e do 80 ao 8 em tão pouco tempo, sem uma perspectiva de um meio-termo favorável.
Quanto mais o tempo passa mais visível é o regresso a um caminho não-escolhido e com fracas possibilidades de melhoria. Sou uma pessoa activa na busca da minha felicidade e sou a favor da mudança na busca do equilíbrio. Todas as mudanças são arriscadas, mas esta infelizmente implica um risco acrescido que me obriga a tomar opções com a ajuda de pinças, dado o contexto actual da sociedade laboral. Noutra época tudo seria mais fácil, bastava estalar os dedos e a mudança concretizava-se. Com riscos, claro, mas num caminho de avanços e recuos possível e desejável para o sucesso.
Por hoje é tudo, tenho o sol à minha espera!
7 comentários:
Gonçalo, essa de passar do 8 ao 80 é meu apanágio forçado, por isso conheço muito bem, tidavia, dir-te-ia isto do resto do texto, que se não é assim é muito parecido com uma célebre frase: aceita com serenidade o que nao podes mudar, luta no que podes, e sê feliz :)
Abraço
O teu sentido prático, acompanhado de muito, mas muito bom senso, vão conduzir-te ao caminho certo.
Que tudo corra bem.
Entretanto?
Entretanto vai usufruindo o belíssimo sol.
Beijinho.
Lobinho:
E quando a felicidade está no que se poderia mudar mas com elevados riscos?
Teresa Santos:
Tu conheces-me?! :)
É como vês!
Beijinho.
E não podes usar essas pinças?
Raven:
Já as usei mas suspeito que o trabalho de pinças continuará! :)
Enviar um comentário