quarta-feira, 15 de novembro de 2006

A Intensidade dos Sentimentos


As homilias dos matrimónios são momentos ricos em lições de vida e as mensagens da Igreja abrilhantam ainda mais a celebração do amor aos olhos de DEUS. Senão vejamos, há uns tempos atrás citei um padre acerca do conceito do amor referido num dos casamentos que fui recentemente. Hoje estou disposto a falar de um tema referido numa homilia matrimonial que tanto se adequa ao amor como à amizade, ou seja, a intensidade dos sentimentos. Na altura o padre referia-se apenas ao amor, mas julgo que esta reflexão adequa-se a todo o género de relações humanas, entre as quais a amizade e o amor, por isso as palavras que proferir aqui relativas ao casal, podem ser aplicadas à relação entre dois amigos.

De facto, segundo a mensagem do padre, num casal há sempre um que ama mais que o outro, nunca há um equilíbrio coincidente, mas que o amor tem de superar essa diferença de intensidade. Isto porque o amor é partilhar, é dar, é preencher o espaço vazio, complementar e compensar a menor intensidade do outro, mesmo que esse outro ame e faça muito por esse amor mas com menor intensidade...

Desta forma, a diferença de intensidades sentimentais é uma realidade, mas não pode ser essa diferença que nos poderá causar medo de amar ou de ter um amigo, porque a vida é um risco repleto de desafios, de constantes diferenças, apenas temos de as saber respeitar e complementá-las para a harmonia e os sentimentos demonstrarem-se com o seu estilo próprio...

Porque quem ama sofre mesmo quando é amado, enfrentemos o risco de nos abrirmos para a humanidade para amarmos e sermos amados, mesmo que esse amor ou amizade seja de intensidades diferentes...

7 comentários:

Anónimo disse...

Quem dera que a intensidade dos sentimentos fosse igual de parte a parte, mas isso isso nunca foi e nunca será impossivel, como bem indica o teu texto. Mas mesmo assim nunca deixemos de amar, e superando estas diferenças, que variam de personalidade p personalidade. Cont de boa semanita, bjokas***

CéuGomes disse...

Amigo:

Penso que num relacionamento há diferentes formas de expressar o amor, porém, não me parece que a sintonia seja possível se a intensidade com a qual os sentimentos são vividos é divergente, ou seja, se uma das partes não ama o outro; se as partes envolvidas se encontram em diferentes plataformas, os caminhos que vão seguir, serão paralelos, dificilmente irão cruzar-se. Se tal desequilíbrio implica sofrimento, então acho que não se trata daquele sentimento que nos pode elevar, rumo à felicidade, que todos desejamos.

Beijinhos

Gonçalo disse...

Minha querida Yohanan:

De facto o amor é o caminho, mesmo que vivido com diferentes intensidades de pessoa para pessoa...
Com o amor estaremos mais perto de Deus e dos seus desígnios para nós, cumprindo a missão que nos foi destinada e fazendo feliz o próximo. O meu conselho para o mundo é o AMOR, e especialmente para ti que amas e és amada e deves saber do que falo;)
Beijinho grande para ti:)

Gonçalo disse...

Minha querida MissPoetry:

Concordo contigo mas o meu texto não se refere a amor não correspondido, refere-se a diferentes intensidades de amar, sendo que uma das partes ama mais que a outra...
Mas de facto, os caminhos paralelos e sem amor mútuo dificultam muito a elevação mais nobre dos sentimentos...Por isso amem e sejam amados:)
Beijinho grande para ti e fica bem.

Anónimo disse...

Olá Gon, o padre de que falas tem razão, no amor principalmente no casamento há sempre um que ama mais que o outro, embora eu pela minha experiência de vida prefira dizer que um se entrega mais que o outro, pois numa relação de 24 anos terá de haver amor só que a entrega pode ser diferente, eu sei que durante os anos do meu casamento fui sempre quem mais se entregou, mas nem por isso deixei de me sentir amada.
Agora em relação à amizade acho que é algo muito parecido sim, há amigos que se entregam muito na relação de amizade, até demais ao ponto de em coisas simples como por exemplo, com pequenas ausências ficam preocupados demais e falo tanto no plano virtual, como real, fazem logo um drama maneira essa de ser, que sendo por amizade pode tornar um a relação difícil de se aguentar, mas como há sempre dois numa relação de amizade, lá está a outra parte que já é mais tolerante mais calma e consegue que amizade vença, tu sabes do que eu estou a falar. :)

Anónimo disse...

As evoluções tecnológicas tem resultados fantásticos entre inúmeras descobertas e aprimoramento do homem. Havia então de existir um cientista capaz de mensurar a intensidade dos sentimentos entre seres humanos? Problematizar esta questão é artificializar relações as quais existem ineretentes a personalidade humana e não como mero reprodutor externo de dogmas convencionais. Por isto afirmar que há reciprocidade ou não de sentimentos em relações interpessoais é negar o pensar de ambas as partes envolvidas pois quem percebe externamente avalia por um ângulo diferente de quem realmente vivencia a situação. Fazendo uma analogia podemos comparar tais ações a um íma, objeto de pólos opostos que se atraem por ter eletrons positivos e negativos. Sendo assim, as forças envolvidas em uma relação podem ser diferentes mas se somadas estabelecem uma relação intensa de sentimentos que não se pode afirmar qual das forças seja maior pois ambas se atraem por um único sentimento maior.
"Vc é um pólo oposto mas que me atrai pela tua singularidade ;)"

Anónimo disse...

Sei que desapareci e há muito que não vinha saber como andavas. Hoje deu-me saudades... E só me resta dizer que esbocei um sorriso do tamanho do mundo, por ver as mudanças que por aqui, e em ti, especialmente em ti, ocorreram. Fico muito contente e desejo-te as maiores felicidades!!!