quarta-feira, 28 de junho de 2006

Silêncio


Silêncio é:

Dádiva para os ouvidos num período agitado...
Dor aguda num momento de indiferença...
O desconhecido...
O respeito pelo próximo...
Expressão de sentimentos...
Um arrepio numa noite de solidão...
Paz entre gritos...
Mal-estar e impaciência...


A dualidade do silêncio tem-me mostrado...o seu sabor doce, num momento de reflexão, num período de descanso após um extenuante trabalho, numa circunstância em que preciso de me reencontrar...e o seu sabor amargo, num momento de indiferença, numa noite medonha de inverno, num período de afastamento...
Ultimamente os momentos de silêncio lembram-me que a perda, mesmo que momentânea, é dolorosa, fria e proporcional à distância física que separa esse silêncio...Assemelha-se a um nó na garganta que nos impede de exprimir tudo o que sentimos, a uma mão que se contém em respeito pelo próximo, a um sorriso que fica por dar...Apesar de considerar o silêncio benéfico em determinadas situações, a ausência de algum sinal provoca-me uma enorme ansiedade, esperando por uma palavra que não chega como sinónimo de admiração e carinho...
E vocês, como lidam com o silêncio?

4 comentários:

Anónimo disse...

Olha Gon, o silêncio leva-me muitas vezes a sitíos onde já estive e na maioria das vezes faz- me recordar coisas tristes da minha vida, pq não sei se sou só eu ou se faz parte do natureza do ser humano, recordar mais os momentos tristes k os momentos de felicidade
Depois há dois tipos do silêncio. Um k me traz muita paz e só consigo ouvir o chilrear dos pássaros numa manha de primavera, ou o bater das ondas nas rochas num final de tarde junto ao mar. Há o silêncio da noite, kuando estou sozinha em casa, esse eu não gosto, ao mais pekeno ruído fico assustada, é neste momentos em k sinto a falta de alguém k me aconchegue nos braços e diga k tá td bem. Aki os amigos como tu são muito importantes pois kuando esse silêncio se ker apoderar de mim venho aki à net e tenho com kem conversar,para k o silêncio seja interrompido mesmo k seja só pelo som das teclas. Obrigada por seres meu amigo
Beijinhos… Margarida

Anónimo disse...

sabe bem os momentos d silencio...fazem-me reflectir!e eu gosto tanto desses momentos...
adoro o silencio de uma praia no inverno...adoro sentar-me na areia a olhar para o mar..e pensar pensar...faz-me crescer!
beijinhos
andreia

Anónimo disse...

Gonçalo,meu Amorzinho... eu sei que sabes bem o quanto o teu texto foi importante para mim.
Já expressei a minha admiração pelo teu "pensar" e, nunca é demais repetir!... As "palavras" expressas aqui fazem me bem. O teu texto está muito interessante! Apresentas uma óptima expressão escrita e as tuas palavras revelam claramente todas as ideias que te vão na mente.
E quase de lágrimas nos olhos, desabafo...
Gostava de "entender" essa tua força, esse teu amor que ainda luta mesmo que seja difícil.
Há momentos na vida em que nos debatemos com imensas dificuldades e as coisas que até ai nos davam prazer deixam de dar ou não as conseguimos realizar.
A vida já me testou várias vezes, já tive que vencer várias barreiras, esta como sabes será mais uma mas infelizmente está a mexer bastante comigo até porque ainda me encontro na fase do despiste da doença e eu como sou tão especial tinha de arranjar uma doença de difícil diagnóstico e crónica (Sorrisos). LOIRA. lol
Não morrerei dela, mas ela ficará comigo para sempre. (Isso tu sabes).
Passar por aqui significa que tenho saudades tuas, que gosto de ti e que me fazes falta.
Já "ouviste" as minhas lágrimas. Já as secaste. Ouviste-me horas sem fim. A qualquer hora...às vezes não respeitei o teu tempo a tua privacidade o teu descanso...mas tu ouviste sempre e até choraste comigo. A isso chama-se Amizade e neste momento caiem-me lágrimas pela emoção de ter um Amigo como tu.
Quero que as minhas lágrimas sequem e que "oiças" o meu riso e rias comigo de novo...
Peço desculpa pela minha ausência, mas preciso de afinar primeiro os acordes do meu ser!
Ausente mas presente.

Hab dich sehr lieb

Um beijo

Sofia Cunha disse...

Aqui está o meu comentário como te prometi, a este lindo texto que escreveste sobre o silêncio…
A meu ver o silêncio pode ser palavra suficiente para reflectir muitas e muitas coisas, de ordem diversificada e acima de tudo divulgador de sentimentos que puros ou impuros não deixam de existir.
No entanto, penso importante destacar dois momentos em que, em mim, o silêncio parece deixar marcas.
Quando te conheci, umas das coisas que lembro que te disse foi: “adoro passear à beira mar, ou nas areias da praia e principalmente à noite”, não sei se lembras, mas eu disse-o. Para mim a praia à noite principalmente funciona como um local de puro prazer de vislumbramento, mas não só… é lá que muitas vezes me refugio; é lá que surgem muitos dos meus poemas; é lá que diversas vezes escrevo; é lá que encontro a calma e o silêncio que por vezes a alma precisa… é lá que me emociono, que penso sobre a vida e o mundo, a sociedade e as suas acções. Mas, no meio de tudo isto, a praia é para mim o mais pleno silêncio das nossas vidas em que por vezes mergulham as nossas almas como se de ondas se tratasse. O silêncio pode assim ser entendido como simples momento de inexistência de palavras que em gestos ou visões se pode expressar. Mas considero um tema bastante abrangente e de merecidas criticas positivas ou negativas. O silêncio pode ser sinónimo de muita coisa: dor, sentimento, tristeza, mas para mim, ele é muito mais sinónimo de saudade. Por vezes sinto falta dos meus amigos porque não estamos em contacto, por diversos motivos. Sinto que o silencio deles me deixa mal…apesar de saber que mesmo ausentes, estão sempre presentes…a pessoa sentimentalista que sou faz-me exigir de um amigo muito e o seu silencio é para mim o calar de uma voz que antes se levantava e me falava…
Há muito para reflectir sobre o silêncio… silêncio que por vezes, na inexistência também existe…

Obrigado GONÇALO por mais um excelente texto…continua…

Muitos beijinhos amigo lindo…