segunda-feira, 26 de novembro de 2007

A Tua Pequena Luz


Quando a cor da vida se desvanece, o vazio incomoda e o medo instala-se, a voz do coração é a solução e o risco o seu aliado.
A estrada da vida pode continuar sinuosa e escura que nem breu, mas surgirá sempre a luz que mostrará que todos os caminhos têm um sentido e várias alternativas.
Neste momento, consigo vislumbrar uma pequena luz, alguém acendeu um fósforo e prepara-se para acender um pau de cera, enquanto se dirige na minha direcção...A luz torna-se cada vez mais nítida e percebe-se alguém muito especial estendendo a sua mão e desejando partilhar a sua luz...
Sinto-me bem, uma simples luz iluminou tanto o meu caminho, afinal de contas foi o sentido que escolhi...Quero mais luz!

Procura-se Filme “A Cidade dos Anjos”


Após quatro idas ao Clube de Vídeo, sendo que em duas delas bati com o nariz na porta, percebi que o filme “A Cidade dos Anjos” não estava em stock para aluguer e que existiam sérias dificuldades para o alugar noutro clube.
Decidi partir para o investimento e fui à Fnac (passo a publicidade), onde me disseram que não estava disponível no stock em nenhuma das lojas, e que se fosse encomendado só viria depois do Natal. Sendo assim, não me restam grandes alternativas...

“Procura-se filme “A Cidade dos Anjos”, a última vez que foi visto apresentava uma capa simples e acolhedora. Boa recompensa.” ;)

quarta-feira, 21 de novembro de 2007

Palavra Puxa Palavra: Confissões de Paulo Coelho

“Paulo Coelho foi sempre um inconformista, procurando novos caminhos, o que o levou a provar o “bom” e o “mau”. No final da década de 60 nascem os movimentos guerrilheiros e hippie e o futuro escritor enamora-se dos autores marxistas e de Guevara, participa de comícios e manifestações e integra-se na geração do Paz e Amor. Depois, vem o fascínio por Castañeda. Nestas confissões, o consagrado autor “contou tudo sem que eu necessitasse quase de lhe fazer perguntas, como se estivesse a falar consigo próprio, recordando velhas feridas da sua alma. (...)
Quis manter no livro o carácter informal das nossas conversas amistosas com o escritor. Conversas que, por vezes, tiveram a sua ponta de polémica e outras de confissão pelo clima de intimidade que se tinha criado. (...) Pergunto-lhe se ele se considera um mago, para além de escritor e responde-me: “Sim, também sou mago, mas como o são todos os que sabem ler a linguagem oculta das coisas em busca do seu destino pessoal.””

In Confissões de Paulo Coelho


Um livro diferente de todos os que já li até à data, uma obra biográfica através de várias entrevistas de Juan Arias, que retrata o percurso de vida de Paulo Coelho, desde as dificuldades da juventude até ao sucesso actual.
O meu destaque para a forma frontal, autêntica e enriquecedora com que Paulo Coelho responde às diferentes questões, transmitindo uma maturidade própria de um génio, ou como ele próprio refere, de um mago que “lê a linguagem oculta das coisas em busca do seu destino pessoal”. Um bom livro para quem procura compreender melhor o sentido da vida e deseje desenvolver a sua espiritualidade.

segunda-feira, 12 de novembro de 2007

Crise de Valores: a verdadeira crise.

Após o debate parlamentar sobre o Orçamento de Estado para 2008, percebemos que a crise continua, uma crise nacional como reflexo da crise mundial.

Efectivamente, mais do que a crise política, económica ou de gestão, a maior crise que se intensifica no mundo é a crise social de valores e princípios, conduzindo a um caminho unidireccional da riqueza, aumento das assimetrias económicas e desrespeito pelas classes baixas representativas da maioria da produção mundial. Tal facto comprova-se pelos cortes orçamentais necessários e exigíveis naturalmente pela governação portuguesa, no entanto são cortes realizados de forma desigual e desproporcionada, diminuindo o poder de compra das classes menos favorecidas e protegendo as entidades mais avantajadas financeiramente, aumentando ainda mais as assimetrias que se vivem nacional e mundialmente. Sem dúvida que os cortes orçamentais são fundamentais para a necessária retoma económica e diminuição do défice, mas quando há cortes devem ser para todos, realizados proporcionalmente aos rendimentos ou complementadas com a criação de políticas para uma melhor distribuição da riqueza.

Com um maior sentido de solidariedade, justiça e igualdade de direitos, com uma maior consciência do caminho da espiritualidade que terá forçosamente de ser trilhado, e com um maior sentido de vida e da existência humana, muitos dos actuais problemas seriam resolvidos e, para tal, parte de cada um de nós procurar mudar o rumo dos acontecimentos. Se assim não for, mais ingénua do que esta análise, será a passividade de quem a classifica como ingénua e não concretiza na prática a necessária mudança, independentemente da posição socio-profissional.

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

Linhas de Passe

Crises: as que acabam ou que nunca começaram (Sporting), e as que se mantém (Arbitragem)


Para quem critica a 2ª linha do Sporting, refira-se também que bastam dois jogadores fundamentais da equipa portista estarem impedidos de jogar que a equipa ressente-se por falta de alternativas. Nem Fucile, nem Chech substituem o incansável Bosingwa, nem Leandro Lima é ainda reforço portista, ao ponto de fazer esquecer “El Comandante” Lucho González. Estas são apenas duas razões para os primeiros pontos perdidos da equipa portista, indo de encontro à tese que defendi há umas semanas atrás que o F.C. Porto começaria a ressentir-se quando fossem chamadas as segundas alternativas por lesão ou cansaço dos jogadores, após uma falta de rotatividade dos seus elementos. E podia ter sido pior se o golo do Porto fosse correctamente invalidado. De realçar também a atitude da equipa de Belém e a estratégia montada por Jorge Jesus que já deu mais que provas de que a organização é a base do sucesso, sendo um treinador a cheirar um “grande” a curto-médio prazos.

O Benfica soube sofrer e, num jogo em que esteve prestes a sofrer a segunda derrota consecutiva esta época, acabou por sair vitorioso fruto de um lance de bola parada inexistente. A equipa de Camacho ainda não convence, mas mesmo assim vai amealhando pontos que a mantém na luta à liderança, no entanto mais cedo ou mais tarde a falta de organização e planeamento desta época reproduzirá os seus efeitos perversos e a equipa ressentir-se-á.

No Sporting, com crise ou sem crise, há aspectos bons e menos bons que devem ser destacados e, neste jogo, os aspectos menos bons já começaram a ser rectificados, existindo mais jogo lateral e uma dissipação do losango que exige muito dos seus interiores centrocampistas, podendo-se verificar uma maior fixação de Izmailov na ala direita, de Vukcevic na esquerda, e de Romagnoli a deambular por ambas as alas criando as envolventes triangulações que deliciaram os adeptos no final da época passada, tendo ainda a ajuda de um jogador como Abel que está numa forma impressionante tanto a atacar como defender. Para confirmação desta ideia, Paulo Bento acaba o jogo numa espécie de 4-3-3, em que Miguel Veloso e Moutinho jogaram a par, Romagnoli aproximou-se de Liedson, e Izmailov e Vukcevic abriram nas alas, conduzindo ao crescimento da exibição e resultado final. Continuo a afirmar que a actual equipa leonina é mais forte que a do ano passado, sendo necessária paciência para que os novos jogadores se adaptem a uma nova realidade e provem o valor por que foram contratados, lembrando-nos que Anderson não provou o seu valor no seu primeiro ano como Dragão, tal como Celsinho também não o provará nos primeiros jogos, Derlei e Pedro Silva prometiam mas por lesão não deram sequência às expectativas criadas, Izmailov é um jogador em crescendo e cada vez mais interventivo na manobra leonina, Vukcevic tem um enorme potencial, entre outros que pela sua idade e diferença de cultura ainda não mostraram o seu real valor... No entanto, ainda custa perceber como Farnerud e Paredes ainda continuam a ser chamados quando há alternativas válidas que também merecem oportunidades, como Adrien Silva e Pereirinha, produtos da formação...

Nota final para a Académica que revela já dedo de Domingos no seu futebol, mostrando mais em 4/5 jogos do que Manuel Machado mostrou numa época inteira. Em Coimbra já se respira futebol em toda a sua amplitude, já há jogadas envolventes, os jogadores já sabem o que fazer à bola, necessitando de algumas rectificações na transição defensiva e na concretização, mas senti ontem que está no bom caminho e em breve subirá na classificação geral.