Mitos, estereótipos e preoconceitos à parte, verificamos que existem três tipo de pessoas nas nossas vidas: os desconhecidos, os conhecidos e os interessantes.
Assim, os desconhecidos são aquelas pessoas que passam sem qualquer tipo de contacto próximo, deixando-nos por vezes apenas o seu perfume no ar, deixando-nos quiçá atraídos por momentos mas que frequentemente não passarão ao estadio de conhecidos.
Por sua vez, os conhecidos pertencem provavelmente ao grupo mais numeroso do nosso ambiente social, podendo dividir-se em três sub-grupos: os conhecidos desprezíveis, os conhecidos educados ou falsos, e os conhecidos cordiais. Os conhecidos desprezíveis passam, olham e ignoram, deixando-nos por vezes com um olá debaixo da língua ou uma mão pendurada sem cumprimento recíproco. Os conhecidos educados ou falsos são aqueles que valorizam o príncipio moral do cumprimento ao próximo, mesmo que a identificação entre as partes seja uma miragem, o que por vezes pode ser sentido como cumprimento cínico, motivando-me um prurido mental incomodativo. Além destes, os conhecidos cordiais constituem as pessoas que proporcionam momentos agradáveis de convívio e/ou contacto formal útil, deixando-nos aquém de uma relação aberta e merecedora de uma amizade sentida. Julgo que as razões para estas constantes dificuldades passam fundamentalmente pelas diferentes personalidades, perspectivas distintas de amizade, e sobretudo pela pouca abertura, compreensão e altruísmo nas relações interpessoais.
Por final, o restrito grupo das pessoas interessantes, também designadas por mim por “Especiais”, representa as pessoas que marcam pela sua identidade apaixonante e simultaneamente verdadeira, fazendo-nos esquecer do individualismo e egoismo diário, e mostrando-nos o lado bom da vida. Por momentos conseguimos sentir interesse e altruísmo, a tal ponto que poderemos sentir, em alguns casos, uma insegurança geradora de possessividade, contrastante com os sentimentos quotidianos. A preferência será dada à possessividade em detrimento do individualismo, no entanto como é um sentimento perturbador para ambas as partes, realço o equilíbrio necessário à natureza e relação humana, tomando como princípio fundamental que quem gosta confia e sente-se valorizado mesmo na ausência momentânea.
Dedico este texto a todas as pessoas interessantes que fazem parte da minha vida e repito que as generalizações não são a melhor forma de ser e estar na vida, no entanto são moderadamente úteis na compreensão dos fenómenos da natureza humana, como espero que tenha sido esta simples e gratuita partilha.
Assim, os desconhecidos são aquelas pessoas que passam sem qualquer tipo de contacto próximo, deixando-nos por vezes apenas o seu perfume no ar, deixando-nos quiçá atraídos por momentos mas que frequentemente não passarão ao estadio de conhecidos.
Por sua vez, os conhecidos pertencem provavelmente ao grupo mais numeroso do nosso ambiente social, podendo dividir-se em três sub-grupos: os conhecidos desprezíveis, os conhecidos educados ou falsos, e os conhecidos cordiais. Os conhecidos desprezíveis passam, olham e ignoram, deixando-nos por vezes com um olá debaixo da língua ou uma mão pendurada sem cumprimento recíproco. Os conhecidos educados ou falsos são aqueles que valorizam o príncipio moral do cumprimento ao próximo, mesmo que a identificação entre as partes seja uma miragem, o que por vezes pode ser sentido como cumprimento cínico, motivando-me um prurido mental incomodativo. Além destes, os conhecidos cordiais constituem as pessoas que proporcionam momentos agradáveis de convívio e/ou contacto formal útil, deixando-nos aquém de uma relação aberta e merecedora de uma amizade sentida. Julgo que as razões para estas constantes dificuldades passam fundamentalmente pelas diferentes personalidades, perspectivas distintas de amizade, e sobretudo pela pouca abertura, compreensão e altruísmo nas relações interpessoais.
Por final, o restrito grupo das pessoas interessantes, também designadas por mim por “Especiais”, representa as pessoas que marcam pela sua identidade apaixonante e simultaneamente verdadeira, fazendo-nos esquecer do individualismo e egoismo diário, e mostrando-nos o lado bom da vida. Por momentos conseguimos sentir interesse e altruísmo, a tal ponto que poderemos sentir, em alguns casos, uma insegurança geradora de possessividade, contrastante com os sentimentos quotidianos. A preferência será dada à possessividade em detrimento do individualismo, no entanto como é um sentimento perturbador para ambas as partes, realço o equilíbrio necessário à natureza e relação humana, tomando como princípio fundamental que quem gosta confia e sente-se valorizado mesmo na ausência momentânea.
Dedico este texto a todas as pessoas interessantes que fazem parte da minha vida e repito que as generalizações não são a melhor forma de ser e estar na vida, no entanto são moderadamente úteis na compreensão dos fenómenos da natureza humana, como espero que tenha sido esta simples e gratuita partilha.
7 comentários:
Costuma-se dizer que ninguém pode escolher a família em que nasce. Mas é possível selecionar os amigos, as pessoas que nos rodeiam que são digamos como uma extensão da nossa vida. A amizade, é um dos sentimentos mais nobres que existem, nasce de forma
espontânea, pura e vai- se desenvolvendo até chegar à maturidade.
Caracteriza-se por uma afinidade muito grande com alguém, baseada no amor,no carinho, na ternura, no respeito, na compreensão, na troca e na ajuda. É um sentimento muito sincero, que não depende da idade, de dinheiro e de posição social.
Meu Deus como é possivel falar-se de amizade nos dias que correm!!! Será que ela existe? Ou será apenas uma mascara fantasiada! Alguém conhece a verdadeira concepção da palavra amizade...
Texto coerente......num tema em que hoje se desvaloriza um pouco.
Gostei do conteudo embora por vezes as pessoas lhe deem pouco valor.
É a primeira vez que comento o teu blog, achei que era a altura certa para o fazer.
Tal como tenho analisado, tentas transportar temas reais e transforma-los em texto de cultura humana digamos assim.
Abraço grande e continua assim.:))
... é tão forte este laço...
Um texto muitíssimo profundo cujo conteúdo vai ao encontro do que sinto e do que penso também. Uma bela referência que fazes à Amizade, sem qualquer dúvida. Quanto à fotografia: muito boa!
Beijinhos maninho
Existem pessoas, pessoas e pessoas…
Neste texto com que nos delícias, conseguiste distinguir os diferentes tipos ou as distintas concepções do conceito de pessoa, o que a meu ver parece estar adequado aos diferentes níveis de decisão pessoal e interpessoal. De facto, na nossa vida existem os desconhecidos, os conhecidos e os Seres interessantes ou como tu dominaste: os Seres especiais, também assim vistos por mim. Desconhecido é todo aquele Ser que simplesmente passa nas nossas vidas, deixando “o perfume no ar” e não passando de simples visões que provavelmente não passarão de momentâneas. São Seres que ainda que por momentos nos despertem particular interesse e mesmo que nos sintamos instantaneamente atraídos por eles, não passarão de pessoas com as quais cruzamos (ou não) olhares presentes. São pessoas que não passarão ao estado de Seres que nos são conhecidos e que não terão um contacto mais próximo connosco. Depois, e como tu disseste, existem as pessoas conhecidas, os Seres que também não passam disto e são provavelmente aquelas que mais preenchem o leque de pessoas que passam e estão presentes nas nossas vidas. E neste caso, concordo inteiramente com a divisão subgrupal que nos referiste e apresentaste. É evidente que se torna necessário e possível dividir ou distinguir os diferentes tipos de Seres que podemos encontrar neste grupo. Existem os conhecidos desprezíveis, normalmente designados por pessoas que “passam, olham e ignoram” a nossa passagem. São Seres sujeitos à indiferença que nos fazem sentir, capazes de não nos darem uma resposta vocal ou gestual em cada acto de educação que possamos ter para com eles. Depois e ainda no grupo dos conhecidos, podemos também encontrar aqueles que são educados ou sujeitos falsos, sendo que se nos apresentam como pessoas capazes de nos cumprimentarem ainda que a sua presença nas nossas vidas seja apenas momentânea, ou seja, são pessoas que nos fazem sentir, por momentos, Seres a quem eles dirigem um simples “olá” ou um gesto, ainda que possam despertar em nós a ideia de que o que fizeram lhes tenha sido forçado ou que o fizeram simplesmente e independentemente daquilo que viéssemos a pensar (algo que nos pudesse fervilhar em pensamentos). Conhecido, mas Ser cordial é aquele com quem convivemos e que nos permite de facto ter momentos de prazer, sendo também pessoas com as quais poderemos ter também um contacto mais formal, contribuindo para a nossa melhor e mais rica formação pessoal. São pessoas que se aproximam do estado de Seres interessantes ou especiais, mas que muito provavelmente lá não chegam pelos motivos que referiste. Por fim, e como grupo mais pequeno, existem as pessoas que não são para nós meras conhecidas, mas que vão para além disso: são as pessoas interessantes e especiais. Aquelas que nos cativam pela personalidade, pela identidade, pelo gesto amigo, pela capacidade de ser sincero, compreensivo e partilhar (estando presente ou ausente) cada momento das nossas vidas, vivendo as nossas alegrias e mostrando-se prestável para connosco repartir as tristezas. São pessoas que fazem do nosso dia, um dia mais brilhante. Como normalmente digo: são os Tesouros inteiramente indispensáveis na nossa vida. De um modo geral serão o outro nosso “eu”, na medida em que vivem nas nossas vidas a cada momento.
Quando li este teu texto pela primeira vez recordei um que eu escrevi também no meu blog em relação às relações pessoas ou interpessoais. Na altura ressalvei um excerto que me parece aqui fazer algum sentido. É um excerto de Antoine de Saint-Exupéryem que ele dizia: “Cada um que passa em nossa vida, passa sozinho...Porque cada pessoa é única para nós, e nenhuma substitui a outra... cada um que passa em nossa vida, passa sozinho, mas não vai só... Cada um que passa em nossa vida, Leva um pouco de nós mesmos, e deixa-nos um pouco de si mesmo... Há os que levam muito, mas não há os que não levam nada... Há os que deixam muito, mas não há os que não deixam nada… Esta é a mais bela realidade da vida.
A prova tremenda da importância de cada um. É que ninguém se aproxima do outro por acaso.... “. Penso que este excerto mostra em parte e apesar de tudo a importância que uma pessoa pode ter na nossa vida, numa simples passagem no nosso mundo. E pertencendo a qualquer dos grupos de pessoas que mencionamos não deixarão de por nós passar sem a mais pequena marca que seja, nos “cravar”.
Continua com estes teus sempre muito agradáveis momentos de escrita porque de certo nos continuarão a fazer muito bem:) … são momentos de partilha…
Beijo Grande Amigo…
Adoro este canto! SE soubesses o quanto me sinto bem aqui...Bjs
A loira...;)
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