Dizem que estou de férias em Portimão mas se me dissessem que estava em Londres eu acreditava. O tempo nublado e especialmente a minoria lusitana que emigrou para o Algarve deixam a ilusão sobre o Reino de Sua Majestade. Reino este que, pela amostra, só pode ser o modelo dos maus-hábitos. Com eles percebemos o que não devemos fazer.
A alimentação é algo que me assusta. O famoso pequeno almoço à inglesa já me era algo estranho, porque apesar de confiar que esta deverá ser a melhor refeição do dia, não significa que terá que ser a refeição mais gordurosa. Batatas fritas, feijão e ovos mexidos envoltos em quantidades industriais de sal, pimenta e molhos é tudo menos saudável. Os corpos cada vez mais anafados são a prova do que ainda não vi. Depois as refeições principais são algo desproporcionais. Um leque variado de sobremesas e muita cerveja. Está feito e siga para o bar! Não admira que no final do dia tenha que jantar no restaurante ao som de gargalhadas tão histéricas como contínuas. A embriaguez é uma opção individual, mas a liberdade de cada um acaba quando começa a liberdade do outro.
Por falar em liberdade individual, fazer um strip feminino à beira da piscina até pode ser motivo de regozijo para olhares masculinos e de ridicularização para algumas mentes femininas dadas as condições alcoólicas da miúda em questão. Tudo isto em plena luz do dia, com crianças a passear, é tudo menos respeitador!
A protecção da pele é um mito. Bem sei que eles são branquinhos e qualquer sol desenvolve um camarão humano, mas ver homem meio branco-meio vermelho é uma falta de mau gosto e lembra-me irritantemente as cores do Benfica. Passo a publicidade, Nivea para estes senhores, por favor!
Com isto tudo acaba-se a noite tal e qual acabou a anterior. Gritos na rua, uma miúda desequilibrada agarrada a outro miúdo e as luzes de uma ambulância do INEM. Fui ver, era para outra pessoa. Será do álcool? Não me admirava nada!
Enfim, tanto se fala nos exemplos laterais, nas figuras de topo da Europa, mas por vezes somos obrigados a admitir que os melhores exemplos partem da qualidade individual de cada um. Criem o vosso próprio estereótipo de qualidade!
2 comentários:
Nunca entenderei que vive de alcool e dá-me pena.
Sim, a qualidade provém da riqueza e estrutura interior... Se não tens bons alicerces e suportes, os refúgios frágeis (como o álcool) são muitos e tentadores devido ao facilitismo adjacente.
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