sexta-feira, 22 de junho de 2007

Palavra Puxa Palavra: Veronika Decide Morrer (Paulo Coelho)


“Veronika vive os mesmos sonhos e desejos de qualquer jovem em qualquer lugar do mundo. Tem um emprego razoável, mora num pequeno quarto que lhe dá o prazer da privacidade. Frequenta bares movimentados. Encontra rapazes atraentes e sai com alguns deles. Mas, ainda assim, Veronika não é feliz. Alguma coisa falta na sua vida. E é por isso que, na manhã de 11 de Novembro de 1997, Veronika decide morrer.
Fantasia e sonho. Paixão e loucura. Desejo e morte. No seu caminho para a morte, Veronika percebe que cada minuto da existência é uma opção que fazemos entre viver e desistir. Veronika experimenta prazeres novos e descobre que há sempre um outro sentido para a vida. Só que o tempo é curto. Veronika decidiu morrer e este caminho não tem volta."


A Minha Interpretação:

Sou um suspeito para falar deste tipo de livros porque todo o género de livros que abordam o sentido da existência e da vida humana são um bálsamo na minha construção pessoal.
Desta forma, esta obra constitui mais uma referência nesse sentido, atribuindo uma explicação lógica para a arte de Bem Viver, colocando a “Regra” em contraponto com o “Ad Libitum”. Apesar de existirem vozes discordantes de Paulo Coelho pelo seu possível irrealismo ou excesso de ilusão, revi-me nas suas palavras e confirmei a minha realidade através da sua mensagem literária, dando-me razão pelo facto de há uns tempos auto-intitular-me de “Louco Saudável”, uma vez que esta obra mostra que a loucura doentia é a excessiva racionalidade, à qual procuro desviar o meu caminho.
Assim, nesta obra são apresentadas várias personagens internadas num centro psiquiátrico e o traço comum a todas elas é o facto de viverem sob o signo da formalidade e dos brandos costumes, numa tentativa de imitação à “normalidade” regrada e repleta de constrangimentos morais, em desfavor das suas próprias vontades e motivações. Mostra-se assim que a verdadeira loucura doentia é a excessiva clonagem humana provocadora de sentimentos de vazio interior, típicos de quem age em função da vontade maioritária em detrimento da sua própria vontade, adaptando-se a uma realidade alheia de que não se identifica. Ao invés, loucura saudável mostra-nos uma clara sintonia entre os sentimentos e a sensatez, aliando a boa disposição à responsabilidade e o coração à acção, segundo a leitura do livro e a minha interpretação pessoal da vida humana.
Sendo assim, deixo-vos a minha sugestão literária para o vosso fim-de-semana ou férias, se for o caso, representada pela seguinte mensagem:

“...seja como a fonte que transborda e não como o tanque que contém sempre a mesma água.”


VERONIKA DECIDE MORRER E A CRÍTICA INTERNACIONAL:

“O livro mais incrível que alguma vez li foi Veronika Decide Morrer, de Paulo Coelho”
SINÉAD O’CONNOR, The Irish Sunday Independent, 2001

“Veronika Decide Morrer é o livro mais hábil de Coelho até à data. (...) As suas personagens discutem a sanidade e o sentido da vida sob diversos pontos de vista, incitando o leitor a participar da discussão.”
Denver Post, EUA, 2001

"Veronika Decide Morrer, o mais recente romance do mestre das parábolas acerca do sentido da vida, é uma história realista sobre o gosto pela vida face à morte”
Der Spiegel, Alemanha, 2001

“Gosto muito do último romance de Paulo Coelho, Veronika Decide Morrer. Tocou-me profundamente.”
UMBERTO ECO, Focus, Alemanha, 2000

“Da autoria do maior escritor brasileiro [chega-nos] uma história que afirma o valor da vida.”
The Sunday Express, Inglaterra, 1999

“Este livro oferece uma abordagem poética, sincera e romântica da natureza da loucura, no estilo simples e filosófico de Coelho.”
Elle, Austrália, 1999

4 comentários:

Anónimo disse...

Gonçalo sem dúvida que PAULO COELHO é um bom escritor. Gostei da sua análise sobre o texto. Bom fim de semana! Beijinho.

CéuGomes disse...

Gonçalo:
Foi uma surpresa, para mim, encontrar-te debruçado sobre um livro k marcou uma importante viragem na minha vida, k foi testemunha de uma nova etapa. Li "Veronika Decide Morrer" há mais de 7 anos. O modo como retrata a natureza humana é apaixonante... Lembro-me tão bem da fase em k o li :)
Os livros são como a música, acompanham-nos em certas etapas de vida, ganhando especial significado e sendo únicos para cada um de nós.
Beijinhos... por onde tens andado?

Anónimo disse...

Mais um livro a ler...
Obrigado por seres meu amigo....

contigo para sempre...
para sempre contigo

Anónimo disse...

Hum...ofereceram-me á algum tempo um livro do Paulo Coelho. O Alquimista. Mas ainda não tive tempo de o ler. Confesso que tenho curiosidade em relação ao tipo de escrita deste senhor.