“Toda a acção que realizamos repercute-se no Cosmos. Seria uma arrogância tremenda pensar que somos o todo e que podemos fazer o que nos apetecer. Somos o todo, mas somos um todo que vibra com o Sol, com a Lua, com o vento, com a água, com o fogo, com a terra, com tudo o que se vê e o que não se vê. E tal como o que está fora determina o que somos, assim também tudo o que pensamos e sentimos se repercute no exterior. Quando uma pessoa acumula no seu interior ódio, ressentimento, inveja, raiva, a aura que o rodeia torna-se negra, densa, pesada. Ao perder a possibilidade de captar a Luz Divina, a sua energia pessoal diminui e, logicamente, a que a rodeia também. Para aumentar o seu nível energético, e com ele o nível de vida, é necessário libertar essa energia negativa. Como? É muito simples. A energia do Universo é una. Está em constante movimento e transformação. O movimento de uma energia produz um deslocamento de outra. Por exemplo, quando uma ideia sai da mente, a sua passagem abre um caminho no Éter e deixa atrás de si um espaço vazio que será necessariamente ocupado, segundo a Lei da Correspondência, por uma energia de qualidade idêntica à que saiu, pois foi deslocada no mesmo nível. Isto é: se uma pessoa lançar uma ideia de onda curta, receberá energia de onda curta, porque foi nesse nível de vibração que se lançou a ideia original(...)Portanto, se uma pessoa enviar ondas de energia negativa, receberá ondas negativas.
Ora bem, existe outra lei que diz que a energia que permanece estática perde força e a energia que flui aumenta. O melhor exemplo é dado pela água do rio e pela água do lago. A do lago está estática e portanto tem a sua capacidade de crescimento restrita. A do rio circula e aumenta na medida em que se nutre dos ribeiros que encontra no seu caminho. Vai crescendo e crescendo até chegar ao mar. A água do lago nunca poderá converter-se em mar. A do rio, sim. O mar nunca caberá num lago. Mas o lago no mar, sim. A água estagnada apodrece, a que flui purifica-se. O mesmo acontece com uma ideia que sai da nossa mente. Por isso se diz que, se uma pessoa fizer o bem, este voltará a ele ampliado sete vezes. A razão é que no caminho ele vai nutrir-se de energia da mesma afinidade. Por isso se deve ter cuidado com os pensamentos negativos, pois correm com a mesma sorte.
Se as pessoas soubessem como funciona esta lei, não estariam tão empenhadas em acumular pertences materiais. Vou-te dar um exemplo muito grosseiro. Se uma senhora tiver o seu armário cheio de roupa e quiser mudar o seu vestuário, tem de deitar fora a roupa velha, pô-la em circulação para que a nova venha. De outra forma é impossível, pois todos os cabides estão ocupados e não há forma de aumentar o espaço dentro do armário. Tem um espaço limitado. O mesmo acontece com o Universo. Não aumenta. A energia que se move dentro dele é a mesma, mas está em constante movimento. De cada um depende o tipo de energia que vai entrar em circulação dentro do corpo. Se mantivermos o ódio dentro do corpo, como a roupa velha, não deixará espaço para o amor. Se se quiser que o amor chegue à vida, será preciso livrarmo-nos do ódio seja como for. O problema é que, segundo a Lei da Afinidade, ao deslocar ódio recebe-se ódio. A única solução é transformar a energia do ódio em amor antes que saia do corpo. A encarregada destas tarefas era a Pirâmide do Amor. Por isso é muito importante que a ponhas novamente a funcionar. Sei que te estamos a confiar uma missão quase, quase, impossível, mas também sei que podes perfeitamente com ela.”
Laura Esquível In A Lei do Amor
A energia universal é única e está criada de forma a que seja transformada de acordo com as Leis que regem a vida humana.
Uma vez que o ser humano é ele próprio e a sua circunstância, há uma interacção mútua pessoa-ambiente que determina os diferentes estados de ambos os factores, através de um condicionamento energético de parte a parte. Se alimentarmos energias negativas interiores, reflectiremos essas energias para o ambiente que, por sua vez, limitarão progressivamente a acção humana. Caso seja o ambiente a reflectir inicialmente essas energias negativas, estaremos dependentes para as receber ou rejeitar: recebendo-as, alimentaremos o negativismo e as pressões externas; rejeitando-as, aumentaremos a capacidade de protecção a factores ambientais e tornamo-los dependentes da nossa vontade. Por outras palavras, se emitirmos energia positiva somos recompensados por energia do mesmo nível que nos protege e fortifica, se reflectirmos energia negativa somos presenteados por energia perversa e opressora, que limita progressivamente a acção humana.
Além disso, de forma a rentabilizar a pretensa energia positiva, teremos de funcionar como uma corrente de energia fluida, em busca de atracções energéticas do mesmo nível. Sendo assim, a energia positiva não sofrerá estagnação e, em vez de apodrecer como a água do lago, purificar-se-á como a água do rio rumo ao mar. Assim, ao acreditarmos no valor pessoal de cada um e de nós próprios, deveremos reflectir e expandir o Bem, de maneira a que seja devolvido numa proporção ampliada, mesmo que esse Bem seja muitas vezes incompreendido. O mais difícil será a integração neste ciclo natural de energia benigna, porque, concluída a integração, a ampliação do Bem será resistente ao constante mal alheio e o caminho da luz será uma realidade.
No fundo, a felicidade passa pela substituição das roupas velhas por roupas novas, ou como quem diz, substituir o ódio (energias negativas) pelo amor (energias positivas). Se pretendermos remover o ódio através da expressão de ódio, receberemos na mesma moeda, se removermos o ódio a partir da sua transformação interior em amor, encontraremos o prazer e o sentido da vida.
Com maior ou menor dificuldade, com maior ou menor apoio externo, com maiores ou menores oportunidades de vida, está ao nosso alcance sermos felizes, basta querermos adoptar a Lei do Amor...Sejam felizes:)