A palavra Liberdade vem ganhando cada vez mais pertinência de ano para ano e hoje será uma das palavras mais pronunciadas em Portugal. Hoje pode-se falar livremente da liberdade ou então nem por isso e estamos a viver uma falsa liberdade em que nos induzem uma ilusória democracia que no fundo não passa de uma real inibição de movimentos.
Nas escolas obrigam-nos a aprender segundo os rituais de aprendizagem dos nossos pais e avós, só que sem a régua e o metro nas mãos das crianças. Segundo o sistema educativo, tudo está pré-definido e não há liberdade criativa para as crianças. As soluções são sempre as mesmas e não há margem para encontrar outras verdades. Muito menos dar as ferramentas para os estudantes decidirem qual o seu conhecimento, antes de o descobrirem como dado agora e há trinta anos atrás.
No trabalho, há peões fora do passeio e jogadores fora da sua posição. Os peões caem na valeta ou são atropelados por veículos pesados no meio da estrada. Os avançados jogam à baliza e os guarda redes são chamados para fazer golos, de jogo em jogo, até a sua equipa garantir a manutenção ou acabar por descer de escalão. Tudo isto num exímio sistema numérico com nomes esquisitos e pessoas esquisitas a fazer coisas ainda mais esquisitas. Eles são os treinadores, os presidentes e os polícias sinaleiros que ocupam-se com a questão do ovo e da galinha por razões puramente matemáticas.
Neste dia em que deveríamos ser livres, mas que não somos, como prova este último texto, proponho a coragem para romper sistemas, perseverança para aguentar as pressões contrárias, a criatividade para encontrar soluções onde parece que não existem e determinação para agir e reagir perante as adversidades. Se assim for, seremos mais livres e poderemos ajudar-nos uns aos outros por um mundo mais digno, democrata e justo.
Todos juntos por cada um de nós! Haja revolução!