Os dias com a família são sempre especiais, mas este dia em que o meu PAI completa mais uma primavera, ainda mais especial é para mim...
Sem entrar em grandes considerações sobre o meu, porque essas são realizadas na intimidade e em espaço e tempo próprio, gostava de falar da figura masculina da vida, o nosso PAI...
Sem entrar em grandes considerações sobre o meu, porque essas são realizadas na intimidade e em espaço e tempo próprio, gostava de falar da figura masculina da vida, o nosso PAI...
PAI é a pessoa que nos acolhe nos seus braços nos primeiros momentos de vida, que nos aquece o coração e sorri para nós como se um sonho se tratasse, revelando o orgulho em ter tão frágil ser nas suas mãos...Lembro-me de um estágio de observação realizado no Bloco de Partos de uma Maternidade e, mesmo na qualidade de estudante de enfermagem, senti o momento mágico do nascimento de um filho, um período de sentimentos contraditórios, em que a dor é substituída pelo alívio, a tensão pela tranquilidade, e o receio pelo orgulho...Orgulho de um PAI babado com o filho ao colo, um sorriso emocionado, o brilho no olhar que observava o filho agora em tranquilidade, fazendo caretas para o PAI...Às vezes procuro imaginar qual seria o sentimento do PAI naquele momento...Julgo que tudo passa pelo amor, amor que permitiu a partilha de uma vida com a mulher da sua vida e que teve os seus frutos no nascimento de um filho, deixando o PAI ainda mais apaixonado pela sua família que, nesse momento, cresceu em amor...
Os primeiros meses de vida são acompanhados pelos pais com grande proximidade e carinho, partilhando o momento do banho, o momento da mudança de fralda, as primeiras papas, as primeiras palavras, os primeiros passos...Constitui-se uma altura em que a prioridade e o amor passam a ser oferecidos à criança, aumentando os laços entre PAI e mãe, manifestados através de um olhar, de um sorriso, de um abraço, ao qual o pequeno anjo responde com um sorriso...
Após um cuidado meigo e atencioso do PAI nos primeiros anos de vida, os anos que se seguem exigem um cuidado mais relacional, em que o carinho e delicadeza devem ser mantidos, aliados agora a uma abertura de espírito e de amizade com o seu filho...Acredito até que o PAI deve ser o seu melhor amigo, de forma a acompanhar os problemas crescentes que vão surgindo durante a sua vida, apoiado na sua maior experiência de vida e confiança depositada pelo seu filho, numa relação pai-filho que se pretende saudável e construtiva.
Mais tarde, a adultez passa a velhice e a infância a adultez, altura em que os papéis se invertem e o filho terá de ser o cuidador do seu PAI, numa prova de orgulho e amor retribuída, dado o crescimento e desenvolvimento humano que ele lhe prestou durante uma vida de sacrifícios...
Efectivamente, esta é a minha perspectiva de desenvolvimento da relação pai-filho, contudo está recheada de falibilidade, uma vez que não sou nenhum Freud, nem me apresento na condição de pai...Desta forma, sejam pais, mães ou filhos, lanço o desafio aos queridos participantes deste blog para revelarem a sua visão acerca desta relação familiar...
Para finalizar, gostava de dedicar este texto a todos os pais que amam os seus filhos e aos futuros pais como eu que desejam um dia sentir a magia da família, crescendo e desenvolvendo-se no seio da mesma...Uma dedicatória especial ao meu pai que tanto me ajudou para que fosse o que sou hoje...Muito obrigado papá, estás para sempre no meu coração...