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No país, como no Sporting, há um sistema viciado que precisa de ser destituído. O sistema da continuidade, o sistema do desastre financeiro, o sistema dos “jobs for the boys”, o sistema da falência…para quando o sistema da liberdade? Liberdade diferente do fim da ditadura salazarista, mas uma liberdade responsável e integradora de todos os elementos num bem comum. Esta liberdade exige muito mais do que ajudas financeiras e esforços orçamentais, exige acima de tudo uma mudança no sistema de valores e princípios individuais, porque a maior crise está na identidade de cada um, e enquanto não percebermos a diferença entre um euro e uma virtude, continuamos anestesiados no problema e na cura.
Fala-se muito da “Geração à Rasca”, mas para mim esta poderá ser a “Geração Desenrascada”, a geração mais preparada para a mudança do tom nacionalista actual. Para tal, exige-se uma união de esforços por um bem comum, juntando os “pequenos grandes notáveis” deste país que continuam obrigados a exportar os seus serviços e, assim, encontrariam um novo rumo revestido de outros valores, numa mistura saudável com os grandes notáveis já existentes.
No país, como no Sporting, exige-se também a aposta no risco, porque os “Velhos do Restelo” são figuras sempre actuais e incomodadas com a mudança jovem, arriscando e, permitam-me que o diga, anulando o seu voto em figuras da continuidade derrotista, falida e vazia…
Está na hora de cada um pensar na mais-valia que tem para oferecer ao país, e potenciá-la ao máximo, dignificando o seu esforço e o esforço conjunto dos seus pares, aumentando a produtividade por um futuro próspero e livre para si e para os seus.
Eu esperei…e acredito! Viva o Sporting e Viva Portugal!