segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

II Encontro Nacional de Blogueiros

O primeiro encontro foi um verdadeiro sucesso. Lisboa foi palco de uma noite única, com o convívio entre pessoas diferentes que maioritariamente nunca teriam estado juntas, e com um espírito de descoberta e elevação impressionantes.

As festas passaram e é altura de anunciar o II Encontro Nacional de Blogueiros, no próximo mês de Março, numa das cidades que mais prezo e que nutro um grande carinho e admiração, o Porto.

Julgo que a escolha do mês é a ideal, por ser o mês do restabelecimento total das festas de final de ano, por ser o primeiro mês de férias para muita gente e por ser o mês da Primavera, da descoberta e da renovação.

Quanto ao local, depois de Lisboa, por ser a cidade Capital e para provar o meu bom exemplo de deslocação para este tipo de eventos, cedi à enorme pressão para a escolha da cidade Invicta. Uma pressão saudável, porque assumo o meu enorme apreço pelo povo do Norte do País, um povo destemido, aventureiro, frontal e simples. E confesso que tenho grandes esperanças sobre a elevada adesão dos blogueiros do norte neste evento, para além dos blogueiros que dinamizaram o encontro em Lisboa, outros que não tiveram possibilidade de estar presentes no primeiro e aqueles que querem estar agora presentes.

Assim que puder, darei informações mais precisas sobre este evento, por agora apenas peço para o assinalarem na vossa agenda e para o anunciarem no blogue pessoal de cada um, para que os vossos seguidores, seguidores de seguidores e assim sucessivamente, também tenham a oportunidade de estar presentes num acontecimento único! Para informações mais detalhadas, podem contactar-me através deste blogue ou para o meu e-mail: goncalofoc@gmail.com

Para finalizar, e não menos importante, lanço a minha mais sincera vénia ao trabalho realizado pela autora do blogue Diabo de Roupa Curta no design gráfico do anúncio deste encontro. A imagem está muito bem conseguida, porque compreende as linhas e cores do símbolo “Blogger” e acrescenta uma enorme criatividade e sensibilidade ao texto por mim escolhido. Não faria melhor, e prova que cada um pode acrescentar o seu talento em prol de um grande evento de grupo como este. Podem começar a pensar no vosso contributo!

domingo, 24 de janeiro de 2010

Enfermeiros em Luta pela Justiça!

Há quase quatro anos que existe “O Sabor da Palavra”. Há quase quatro anos que concluí a Licenciatura em Enfermagem. Desde então insurgi-me contra diversas situações sobre a minha profissão em silêncio, sendo que apenas houve uma divulgação dos problemas de Enfermagem neste espaço: o desemprego, mas também foram onze meses seguidos da minha vida pessoal...Aderi sempre às greves de enfermagem, mas nunca as referenciei aqui. Talvez pelo gosto da partilha pelo bem, talvez pelo vosso bem-estar, talvez pela dificuldade de vitimização. Mas a situação tornou-se insustentável. Senão, reparem bem na notícia do "Sol" de 15 de Janeiro de 2010, pouco tempo depois do acordo dos professores com o Ministério da Educação. Não estou contra a resolução recente dos professores. Tenho os professores como uma classe de grande responsabilidade, sujeita a uma instabilidade emocional elevada pela sua vida nómada, e por vezes com contrato mensais pouco dignos da sua vida pessoal e profissional. No entanto, um dos princípios base da minha existência é a justiça, e não compreendo as diferenças existentes entre as vozes dos enfermeiros e dos professores na comunicação social, as diferenças compensatórias entre a responsabilidade dos professores e dos enfermeiros (volto a frisar a imensa responsabilidade dos professores na educação dos portugueses, mas acrescento a maior responsabilidade no sector da saúde, entre a vida e a morte), e as diferenças salariais entre dois grupos licenciados, sendo que um desses grupos – a Enfermagem – ainda ganha como curso de Bacharelato. Para agravar ainda mais a situação, em vez de se aproximarem as tabelas salariais, de acordo com as negociações sindicais desde o tempo dos Afonsinhos, tiram-se aos enfermeiros e dá-se aos professores. Como se o governo fosse o Robin dos Bosques, e os enfermeiros os ricos. Nós, os ricos? Só se for de bravura!

Bravo fiquei eu quando percebi as diferenças salariais actuais no início de algumas carreiras profissionais, entre as quais a Enfermagem. Segundo o documento seguinte, a actual remuneração de 1020 euros para os Enfermeiros passará a 995 euros, comparada com os 1518 euros dos Professores, 1626 euros dos Técnicos Superiores de Saúde (pasme-se!) e 2575 euros dos Médicos, entre outros. Não quero melhorar a minha condição através da desgraça dos outros - até porque admito com naturalidade a tabela salarial dos médicos, por exemplo - apenas peço justiça!

Poderia falar-vos outra vez do desemprego em enfermagem, da instabilidade contratual em que me encontro, do congelamento da carreira, dos escassos recursos humanos admitidos para a qualidade dos cuidados de enfermagem, entre outros problemas. Mas hoje insurjo-me perante as diferenças remuneratórias, confirmo a minha Greve para os dias 27, 28 e 29 de Janeiro, assumo a minha presença na Manifestação dos Enfermeiros em Lisboa no dia 29 de Janeiro e peço-vos para tornarem a blogosfera como a “nossa comunicação social” e deixarem algumas palavras sobre o actual momento da Enfermagem, caso algum dia tenham percebido a importância dos enfermeiros. Basta uma pequena frase, uma imagem, ou até mesmo o anúncio da greve desta semana, mas façam alguma coisa, porque a nossa vitória será também a vossa! Não tenham a mínima dúvida!

Foi isso que o Sérgio Serra fez com grande mestria no magnífico texto que vos deixo de seguida:

“GREVE DOS ENFERMEIROS - Quem me conhece sabe que, por princípio, sou contra as greves laborais. Sendo um direito dos trabalhadores, inalienável, sabemos que muitas vezes é usado pelas centrais sindicais essencialmente como um instrumento de mobilização e de agitação laboral e, por isso, nem sempre pelos melhores princípios.
Grande parte das vezes temos a percepção que a utilização do instrumento "greve" serve na essência os propósitos da chamada esquerda comunista e da extrema-esquerda. Estou obviamente a referir-me aos chamados partidos de "contra-poder", que por vezes servem essencialmente para agitar de forma controlada as grandes massas de trabalhadores com propósitos única e exclusivamente políticos.
Dito isto, e como não há regra sem as boas excepções, não posso, desta vez, deixar de estar de acordo com a greve anunciada pelos Enfermeiros Portugueses. As razões para esta greve são múltiplas e nunca como agora estes profissionais de saúde tiveram tantas razões para se manifestar.
Sendo uma das profissões mais relevantes na prestação dos cuidados de saúde pela efectivação diária dos seus múltiplos e diferenciados desempenhos, em todas as instituições de saúde (e só quem necessitou alguma vez na sua vida de cuidados diferenciados de enfermagem consegue dar a devida relevância ao que acabei de afirmar), temos assistido ao longo da última década a uma tentativa progressiva mas intencional, por parte de variados governos no "Poder", para a diminuição do prestígio destes profissionais.
Sabendo que nos últimos anos os profissionais de enfermagem, em geral, foram capazes de fazer um enorme esforço de adaptação aos padrões de exigência de uma sociedade moderna, exigia-se por parte dos órgãos de poder mais consideração e atenção aos problemas desta relevante profissão.
Ninguém hoje duvida que uma das profissões que mais esforço fez nos últimos 15 anos para aumentar os seus níveis de formação académica e, consequentemente, aumentar as suas competências profissionais foram os enfermeiros. E, neste ponto, estou a falar particularmente dos 2º e 3º ciclos de estudos superiores. Não me refiro aos já vulgares níveis de Licenciatura ou chamados de 1º ciclo. Quem conhece os meios académicos sabe que é extremamente vulgar encontrar alunos licenciados em enfermagem nos chamados 2ª e 3º ciclos de estudos superiores. O que revela o profundo interesse destes profissionais na melhoria da sua formação científica e profissional.
No entanto, e apesar da descrição anterior, ao longo destes anos, o poder político em geral não foi capaz ou não quis reconhecer mérito a este grupo de profissionais. Para além destes, outros conhecidos grupos de pressão tudo fizeram para que, dentro e fora das instituições de saúde, a autonomia e o potencial de decisão aos profissionais de enfermagem fosse progressivamente diminuindo. Como exemplo basta lembramo-nos da lei de gestão hospitalar que alterou a presença destes profissionais nos Conselhos de Administração e em Órgãos de decisão.
Nada disto faz qualquer sentido e dificilmente se conseguem explicar estes acontecimentos, especialmente pelos problemas conhecidos e sempre presentes neste sector. Para quem não entende o que quero dizer basta dar um exemplo: avaliem o último indicador que referencia a dívida pública dos hospitais. Já alguém fez ou ousou fazer um estudo que permita avaliar o valor das perdas pelo não aproveitamento do conhecimento instalado destes profissionais nas organizações de saúde? Deixo a sugestão a todos.
Todos os dias ouvimos notáveis deste país a apelar, e bem, à necessidade de formação académica e profissional dos trabalhadores portugueses. Todos os dias os ouvimos falar sobre a importância do "know-how" para os trabalhadores e para as empresas. Sabemos a relevância do conhecimento para o sucesso das organizações e para a melhoria da competetividade do nosso país. Ninguém coloca hoje em dia estas ideias de lado e quase ninguém fala de outra matéria nos media.
No entanto, quando objectivamente se pode avaliar e verificar todo o esforço de uma profissão na melhoria da sua formação científica e profissional ao longo de mais de uma década, assistimos em sentido inverso a uma tentativa de "destruição" dessa mesma profissão. Digo "destruição" sem remorsos, dado que os envolvidos se sentem traídos no enorme esforço em tempo e dinheiro que fizeram ao longo dos anos, se sentem traídos na falta de reconhecimento profissional por parte dos órgãos de poder político (e não só), se sentem traídos pelo não reconhecimento da sua actividade dentro das instituições, se sentem traídos na natural necessidade de ambicionarem melhorar os seus padrões de vida e se sentem em muitos casos traídos pelos seus próprios pares.
Como se pode compreender que os enfermeiros portugueses sejam os únicos profissionais que não são remunerados de acordo com o seu nível académico? Alguém consegue responder a esta questão de forma lógica? E, sendo muitos deles Mestres e Doutorados nas melhores Universidades do País e em várias áreas da saúde, como se justifica não fazerem parte dos órgãos de decisão?
O preconceito histórico continua enraizado na cultura portuguesa face a esta profissão. As culturas institucionais de poder, por mero preconceito histórico, continuam de forma sustentada e intencional a querer subjugar estes profissionais sem se terem dado conta que tudo mudou e continuará a mudar à sua volta. Têm que conseguir destruir os seus "mitos" relativamente a esta profissão sob pena de ser continuar a perder uma importante base de trabalho no sector da saúde.
Em vez de procurarem considerar estes "players" como elementos úteis, capazes de fazer a diferença e funcionar como fortes aliados na definição de políticas de saúde mais eficientes e eficazes, estes mesmos órgãos de poder preferem, e em sentido radicalmente oposto, minimizar os elevados níveis de formação negligenciando de forma absurda tanta riqueza, que hoje a literatura define como "capital humano". Impensável numa sociedade que quer pertencer ao primeiro Mundo!
Infelizmente a proposta da actual Ministra da Saúde corrobora tudo o que acabei de escrever. Digamos que, perante o descrito, a proposta de Ana Jorge é, no mínimo, muito criticável. Razão pela qual, desta vez, estou do lado de quem tem todo o direito de se fazer ouvir perante tamanha afronta à dignidade e ao esforço destes profissionais.”
Sérgio Serra
http://oincrivel.blogs.sapo.pt/4817.html, 13/01/10

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Prémio Lobinho


O meu amigo Lobinho enviou-me estes dois prémios com desafio incluído. Nada mais nada menos do que 1001 perguntas. Mas eu gosto! Descubram-me!

a) Tens medo de quê?
Tenho medo de falar do medo. Posso falar antes de Amor?
b) Tens algum guilty pleasure?
Tenho. Vários! Mas não conto, não por timidez, mas por discrição e respeito à pessoa certa. The One!
c) Farias alguma "loucura" por amor/amizade?
Faço “loucuras” por ser eu próprio! Como gosto tanto de dizer, sou um louco saudável!
d) Qual o teu maior sonho? [Não vale responder Paz, Amor e Felicidade ;) ]
A estabilidade na loucura!
e)Nos momentos de tristeza, abatimento, isolas-te ou preferes colo? (Não vale brincar)
Isolo-me e acciono o meu colo mental. Resulta na maioria das vezes…
f) Entre uma pessoa extrovertida e outra introvertida, qual seria a escolha abstracta?
Pessoa extrovertida. O silêncio excessivo causa-me alguma confusão…
g) Sentes que te sentes bem na vida, ou há insatisfações para além do desejável?
O balanço é positivo! Sinto-me bem na vida porque também procuro constantemente este sentido.
h) Consideras-te mais crítico ou mais ponderado? (mesmo sabendo que há críticas ponderadas)
Nem uma coisa, nem outra. Assertivo!
i) Julgas-te impulsivo, de fazer filmes, paciente ou... (define o que te julgas no geral)
Que pergunta tão aberta! Há imenso a dizer sobre mim que nem coloco a possibilidade de me mostrar numa resposta a meio de um questionário…
j) Consegues desejar mal a alguém e eventualmente concretizar? (Responder com sinceridade)
Sinceramente não me recordo. Mesmo às pessoas que me causam maior incómodo, procuro-lhes responder com classe e atento ao nível que desejo para mim. Constante!
k) Conténs-te publicamente em manifestações de afecto (abraçar, beijar, rir alto...).
Contenho-me se for a pessoa errada, o momento inadequado ou o espaço impróprio. Mas recordo que sou o enfermeiro mais beijoqueiro dos meus locais de trabalho, e o meu trabalho é uma extensão da minha personalidade…
l) Qual o lado mais acentuado? Orgulho ou teimosia?
Orgulho em mim!
m) Casamentos homossexuais e/ou direito à adopção?
Casamentos homossexuais, sim! Direito à adopção, nim!
n) O que te faz continuar com o blogue?
A paixão pela escrita, o apreço pela partilha, o sonho pela edição do meu livro…
o) O número de visitas ou de comentários influencia o teu blogue?
A motivação é directamente proporcional ao número de seguidores e comentários.
p) Na tua blogosfera pessoal e ideal, como seria ela?
A blogosfera actual e diversa!
q) Deviam haver encontros de bloguistas? Caso sim em que moldes e caso não porquê?
Claro que sim e nos meus moldes! Mas eu sou suspeito…
r) Sabes brincar contigo mesmo e rir com quem brinca contigo? (Não vale responder com ironias)
Com o bom humor, sim! Com as supostas “brincadeiras”, não!
s) Já agora, qual ou quais os teus principais defeitos?
O excesso de transparência…
t) E em que aspectos te elogiam e/ou achas ter potencialidades e mesmo orgulho nisso?
Recordo uma frase recente “És o filho que todas as mães gostariam de ter!”. A partir daí podem generalizar a frase do filho para o vizinho, o amante, o amigo, o enfermeiro, etc. Fica ao vosso critério… :P
u) Entre uma televisão, um computador e um telemovel, o que escolherias?
Um computador.
v) Elogias ou guardas para ti?
Sou um homem de elogio fácil. Com muito orgulho!
w) Tens a humildade suficiente para pedir desculpa sem ser indirectamente?
Sem dúvida. E de imediato.
x) Consideras-te, grosso modo, uma pessoa sensível ou pragmática?
Sensível.
y) Perdoas com facilidade?
Perdoo na mudança!
z) Qual o teu maior pesadelo ou o que mais te preocupa?
O escasso ou inexistente Amor no Mundo!

Faz parte integrante do prémio visitarem estes blogues:

Contra a Pobreza (Ecos Para Além do Sonho)
Em Cada Despedida
Arco Íris

O prémio/desafio deverá ser passado ao mínimo de cinco blogues. Passo-os aos seguintes blogues:

Sair das Palavras
Doce Sussurro
Brinquinho da Cantareira
Singularidades de uma Enfermeira
AbelhaFerrona
Diabo de Roupa Curta
Diário da Minha Vida

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Escapadelas: Um novo conceito de férias na Serra da Estrela!

(Imagem de R.)

Eu avisei! Mais rubricas surgiriam neste novo ano. Esta chama-se “Escapadelas” e retratará as viagens da minha vida a partir deste ano, sendo que o projecto “viagens” surge também como um dos meus desejos para o presente e futuro, como referi no texto “Balanços & Desejos”.

O primeiro texto desta nova rubrica fala-nos do meu último final de semana na Serra da Estrela. A vontade é sempre a mesma: bom e barato! A motivação repete-se: a fuga à rotina e a descoberta! E entre a vontade e a motivação tomei a feliz opção de iniciar-me na vida nas Pousadas da Juventude e descobri um mundo acessível e de qualidade razoável, ou mesmo acima da média.

Um bom exemplo disso é a Pousada das Penhas da Saúde que se revelou um espaço de enorme conforto, fruto de uma inauguração recente e recheada por uma sala extremamente confortável, com sofás de pele, televisão da última geração, lareira e televisão por cabo. A qualidade do quarto surpreendeu-me, fazendo inveja a muitos quartos de hotéis de 4 estrelas, possuindo um aquecimento muito eficaz, uma casa de banho integrada e moderna, e umas vistas fabulosas para a serra. Por falar em vistas, descobri o enorme prazer de sentir a água quente do banho enquanto percebia a neve do outro lado da janela. Magnífico!

(Imagem de R.)

No dia seguinte, já estava de partida para a Guarda, percebendo uma cidade fria, enublada, e com vários becos de calçada de sentido único. Confesso que o cenário da noite na Guarda tornou-se um pouco medonho. E a Pousada da Guarda não compensou a falta de qualidade atmosférica, sendo uma simples pousada, mais pequena e com um aspecto mais envelhecido, no entanto com uma qualidade humana superior. A hospitalidade será um traço comum ao pessoal da Beira Interior?

A simpatia e disponibilidade repetiu-se no dia seguinte no Restaurante “Albertino”, no Folgosinho, um dos restaurantes mais famosos do país pela sua favorável relação preço-qualidade. E as expectativas confirmaram-se, começando pelas deliciosas entradas de enchidos assados com broa caseira, passando pelos pratos tradicionais de Feijoada de Javali, Cabidela de Coelho, Vitela com Cogumelos, Cabrito e Leitão Assado, e terminando num jogo de sobremesas com Arroz Doce, Leite Creme e Requeijão com Abóbora. Já salivam? Eu também! E tudo isto num ambiente saudável e acolhedor criado por pessoas que quase que “impunham” a descoberta dos sabores tradicionais da sua terra.

Para acabar, fica a sugestão e o desejo. Seguir a rota das Pousadas da Juventude e descobrir as maravilhas de Portugal a bom preço. Julgo que é uma boa opção para viajar para fora cá dentro, sem necessitar de grande disponibilidade de tempo pessoal, e sentir o que ainda não foi sentido.

Sugestão dada. Agora divirtam-se!

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

O Sabor da Palavra: Blog Of Love!

Nunca escondi que consumo música de manhã à noite, desde que acordo até adormeço e muitas vezes até de madrugada. Ainda não vos tinha dito que sou um telespectador assíduo dos programas de música na TV, nomeadamente os concursos musicais para descoberta e formação de novos talentos. Ainda sou do tempo do mítico Chuva de Estrelas, que trouxe para o estrelato nomes como Sara Tavares e João Pedro Pais, gostei do formato da Academia de Estrelas, talvez o formato mais completo porque associava a música à representação, sou um apreciador da escola da Operação Triunfo (para tudo tem de existir aplicação!) e gosto imenso do programa “Ídolos”, tanto na versão inicial Stand-Up Comedy (vulgo “Cromos de Portugal”) como na fase final do talento em bruto!

Nesta última fase tenho acompanhado com atenção as prestações dos concorrentes e ainda não tenho um favorito. Julgo que esta edição é a mais forte de todos os tempos e há candidatos fortíssimos à partida que estagnaram a sua evolução, casos da Solange, Salvador e Inês, e outros que não brilhavam inicialmente mas que estão numa progressão com grande visibilidade do seu talento, como são os casos da Diana, Carlos e Carolina. A saída mais injusta até ao momento pertence à Catarina, uma intérprete que se “rasgava” em palco como eu gosto, e o concorrente mais consistente até ao momento é o Filipe. Falha no discurso mas vou ficar atento à sua evolução, sem ser ainda o meu favorito.

Na noite anterior existiram três actuações que mereceram o meu destaque. A Carolina, gira como sempre (será do nome?), trouxe-nos um tema dos “Boite Zuleika” que lançou a polémica entre o júri pela escolha musical.


Ainda conheço mal Boite Zuleika, mas parece-me mais um grupo na nova geração de boa música portuguesa como os “Deolinda” ou “Oquestrada”, dignos de serem revelados ao grande público português. Que melhor forma para a sua divulgação que um programa como o “Ídolos”? Boa Carolina, tens o meu apoio! Um Ídolo também se faz pela diversidade cultural que apresenta e pela sua unicidade, neste caso, de bom gosto! Pelo menos seduz-me a conhecer melhor este novo projecto da música portuguesa. Missão cumprida!

A polémica não ficou por aqui e o famoso Manuel Moura dos Santos partiu a louça toda quando criticou o repertório musical do Carlos.


O “Bruno Alves” do Ídolos tem escolhido temas tipicamente Pop Comercial, como Lady Gaga, Katy Perry e agora Anjos, e saiu-se muito bem com este último tema “Eu estou aqui” dos Anjos, sendo magnífica a sua prestação junto com o público. É isto que se pede a um Ídolo. Talvez haja melhores temas do que estes para um verdadeiro Ídolo, mas este é um programa Pop e o Carlos apenas se resume a seguir o formato do programa, ao contrário de outros concorrentes que seguem outros registos, como o Rock e até o Jazz.

O final da noite estava reservado para a actuação da Solange com o tema de passagem de ano do meu blogue “Ponto de Luz”.


Apesar de ser tema de passagem de ano, é um tema para a minha vida porque resume tudo aquilo que vivo neste momento. Um dia escrevi um texto com o título “ A tua pequena luz”. Mal sabia que uns anos mais tarde iria ouvir este tema de Sara Tavares e lembrar-me desta vez que a luz não tem tamanho, pode ser um simples ponto e representar o nosso pensamento. E representa! A actuação da Solange foi aquém do esperado, mas no meu pensamento estava o sorriso, o carinho, a generosidade, a inteligência e até o “apetite”… Deixa-me ser só ser!