segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Amizade: Sentimento inato ou apreendido?

Numa amena cavaqueira no passado sábado à noite, percebi o ressentimento de alguém com os supostos “amigos” de longa data que por mais fiéis que sejam durante longo tempo, acabam sempre por provar a sua pouca apetência para amar o próximo, nomeadamente naqueles momentos em que o interesse do amigo deve ser mais forte do que o interesse próprio.

Questionei-me acerca desta incoerência de atitude mesmo após uma linha de conduta regular de amizade durante largo tempo, e coloquei a hipótese da amizade ser uma qualidade inata. Desta forma, nasce e depende unicamente da personalidade de cada indivíduo e permitirá que haja sempre amizade, mesmo para quem não merece, uma vez que é uma qualidade intrínseca de entrega e amor ao próximo que se manterá constante nas relações interpessoais. Assim, ser amigo seria uma constante, porque advém de uma maneira de ser e de estar invariável, dignas de pessoas de bem que procuram conjugar o verdadeiro significado da palavra amor, independentemente do retorno de bem que obtêm.

Contudo, não raras vezes, poderiam denotar uma atitude de regressão e ignorar o amor pela capa que usariam para evitar o sofrimento, como resultado do cansaço físico e psicológico de um conjunto de valores nobres com pouco retorno. Seria uma despersonalização do amor que possuem, como mecanismo do ego anti-álgico perante um sistema corrupto e malicioso, usando como velha máxima “se não os podes vencer, junta-te a eles”.

Depois existiria o grupo dos “eternos conhecidos”, pessoas que nascem selvagens e que transportam o seu individualismo durante o seu percurso de vida, defeito incompatível com o sentimento da amizade. Será um grupo tão variável como extenso, com características individualistas mais marcadas em certos elementos também chamados de “inimigos”, e misturadas com características periódicas de individualismo de outros elementos, estes últimos designados de “amigos da onça”, sem dúvida os mais próximos da fronteira entre a ilusão e a desilusão, a tal desilusão que referi inicialmente.

Sendo assim, haverá solução para a amizade?

Sim! Porque mesmo assim acredito na amizade apreendida, tal como acredito na evolução do ser humano, e mesmo aqueles que nascem com um nível inferior de maturidade humana, acabarão por adquiri-la nesta ou noutras vidas. E assim se constrói a nossa natureza à imagem e semelhança de Deus, assim se constrói aquilo que somos, assim se constrói o amor…

:)

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Brisa da Música: Lost



Coldplay - Lost

Just because I'm losing
Doesn't mean I'm lost
Doesn't mean I'll stop
Doesn't mean I would cross

Just because I'm hurting
Doesn't mean I'm hurt
Doesn't mean I didn't get
What I deserved
No better and no worse

I just got lost
Every river that I tried to cross
Every door I ever tried was locked
Ohhh and I'm...
Just waiting 'til the shine wears off

You might be a big fish
In a little pond
Doesn't mean you've won
'Cause a long may come
A bigger one

And you'll be lost
Every river that you tried to cross
Every gun you ever held went off
Ohhh and I'm...
Just waiting until the firing stopped
Ohhh and I'm...
Just waiting 'til the shine wears off

(amazing piano solo)

Ohhh and I'm...
Just waiting 'til the shine wears off
Ohhh and I'm...
Just waiting 'til the shine wears off


Depois de Violet Hill e Viva La Vida, os Coldplay trazem-nos o tema “Lost”, na minha opinião o melhor tema do álbum Viva La Vida de 2008, merecendo um grande destaque tal a qualidade de todo o álbum. Um álbum para ser ouvido do princípio ao fim mantendo o mesmo ou até mais do que o entusiasmo inicial, acabando com a cereja no topo do bolo, nada mais nada menos do que a versão acústica do tema “Lost”.

No primeiro texto deste ano, dou-vos música, e uma música para recordar durante o resto do ano porque mostra a diferença entre um ser com perdas e um ser perdido. As perdas por vezes são inevitáveis, no entanto apenas seremos perdidos se quisermos.

Coragem, fé, amor e muita música para o novo ano, deliciem-se! :)