A coligação Portugal à Frente poderá estar perto da maioria absoluta. De acordo com o barómetro político da Marktest, realizado nos dias 22, 23 e 29 de Setembro e que a empresa qualifica como a "maior sondagem das legislativas", a candidatura que junta Passos Coelho e Paulo Portas recolhe 41% dos votos. O PS fica-se pelos 28,6% dos votos, ao passo que a CDU recolhe 9,3% dos votos e o Bloco de Esquerda alcança 8,7%.
A percentagem de indecisos foi alta: 30%, a que se somam 6% que disseram que não vão votar no próximo dia 4 de Outubro. Os resultados referidos acima resultam de uma projecção das respostas sem contar com os indecisos."
Fonte: Jornal de Negócios, 30/9/2015
Imagem: Jornal Médico
Nunca a expressão "desde que vi um porco a andar de bicicleta, acredito em tudo" fez tanto sentido. Provavelmente os meus olhos viram o que não existe, os meus ouvidos precisam de uma lavagem urgente e a comunicação social neste últimos quatro anos mostrou uma total irrealidade porque afinal o país está bem e recomenda-se, sem qualquer tipo de insatisfação perante o actual estado de governação. Dia após dia há sondagens a mostrar a força da coligação governativa e o descrédito nas forças opositoras, o que aparentemente mostra que Portugal e os portugueses estão satisfeitos com a política dos últimos quatro anos de mandato.
A minha questão é a seguinte: por que razão houve tanto descontentamento em casa, no trabalho e nas ruas sobre esta política de direita?
Afinal está tudo bem e prolonga-se por mais quatro anos. Não me quero pronunciar sobre se este governo fez bem ou mal, apenas me refiro a factos e os factos são a insatisfação e os ruídos constantes manifestados pelos portugueses, sejam eles de esquerda ou de direita, tenham eles votados na oposição ou mesmo nos partidos governativos, sobre uma política que encurtou o espaço social, económico e até o seu próprio espaço físico no país. Insatisfação essa que aprova um novo voto de confiança. Incoerência ou não?
Como não quero fazer um balanço real destes últimos anos, o balanço deve ser feito individualmente, o meu apelo passa pelo voto. Acima de tudo, votem! Seja neste governo, seja na oposição, mas votem a vosso favor e contra a abstenção. Mais que um direito, é um dever que devemos cumprir, tornando-nos cúmplices do futuro que desejamos para o país em detrimento de uma escolha alheia aos nossos anseios. E, já agora, votem com consciência...e coerência.